Portugal/PR dissolve Assembleia da República e marca eleições para 30 janeiro
Bissau, 05 Nov
21(ANG) -O Presidente da República de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa
anunciou quintafeira, numa comunicação ao país, que vai dissolver a Assembleia
da República em Dezembro e marcar eleições legislativas antecipadas para 30 de
Janeiro.
"Uma semana e um dia depois da rejeição do
orçamento para 2022 encontro-me em condições de vos comunicar que decidi
dissolver a Assembleia da República", começou por dizer o chefe de
Estado, num discurso feito a partir do Palácio de Belém, localizado em
Lisboa, capital portuguesa.
Marcelo Rebelo de Sousa disse que a
rejeição do orçamento do Estado "dividiu por completo a base de apoio do
Governo".
Esta rejeição não foi "pontual, por
desencontros menos", mas sim "de fundo, de substância, por divergências
maiores em áreas sociais relevantes", salientou ainda o dirigente
português.
Segundo o chefe de Estado, "em momentos como
este, existe sempre uma solução em democracia, sem dramatizações nem temores,
faz parte da vida própria da democracia: devolver a palavra ao povo".
O Presidente da República disse depois que decidiu marcar
eleições legislativas para 30 de Janeiro. Quanto à data escolhida, Marcelo
Rebelo de Sousa considerou que é sensato que os debates e campanha aconteçam no
início de Janeiro, de modo a não coincidirem com o período festivo do Natal e
Ano Novo, o que poderia levar a um aumento da abstenção.
"É o
único caminho que permite aos portugueses reencontrarem-se neste momento com os
seus representantes nacionais, decidirem o que querem para os próximos anos,
que são anos determinantes, em efeitos da pandemia, em volume de fundos, para
reconstruir a economia e a sociedade e escolherem aquelas e aqueles que
irão o mais rapidamente possível votar o orçamento (do Estado) que faz
falta a Portugal",
defendeu ainda.
Marcelo Rebelo de Sousa deixou ainda uma mensagem de esperança no
final do seu discurso: "Confio
em vós, no vosso patriotismo, no vosso espírito democrático, na vossa
experiência, no vosso bom senso. Como sempre, nos instantes decisivos, são os
portugueses, e só eles, a melhor garantia do futuro de Portugal".
O orçamento do Estado foi chumbado no passado dia 27 de outubro na generalidade, com votos do PSD, Bloco de Esquerda, PCP, CDS-PP, PEV, Chega e Iniciativa Liberal, uma decisão que abriu caminho para uma crise política que levará vários meses a ser resolvida. ANG/RFI
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