Brasil/Lula da Silva quer construir dois milhões de casas “para os mais humildes”
Bissau, 15 Mar 23(ANG) – O Presidente brasileiro, Lula da Silva afirmou hoje perante dezenas de presidentes de câmara que o Governo quer construir dois milhões de casas “para os mais humildes”.
O Governo de Luiz Inácio
Lula da Silva tem um “projeto de mais dois milhões de casas” que quer
construir, afirmou o Presidente brasileiro no encerramento da 84.ª Reunião
Geral da Frente Nacional de Prefeitos, num hotel em Brasília.
“Determinei o
levantamento de todas as terras públicas que tem o Governo Federal”, mas também
“um levantamento de todo o património nas cidades, prédios, casas, lojas, tudo
o que tiver abandonado”, frisou.
Esta medida, disse,
serve para “transformar em moradias decentes para as pessoas mais humildes
deste país”.
“É a forma de acabar
definitivamente com o défice habitacional”, disse, acrescentando que, neste
momento, o país tem um défice de “seis milhões de residências”.
Na semana passada, o
Brasil lançou uma plataforma digital que será utilizada para identificar e
retomar os milhares de obras que estão paralisadas em todo o país, num contexto
de abrandamento económico. Segundo as autoridades existem 14 mil obras paradas.
A plataforma, batizada
“Mãos à obra”, criará uma base de dados na qual as autoridades locais e
regionais poderão notificar os projetos de infraestruturas que se encontram
parados ou inacabados nos seus territórios e que consideram ser uma prioridade.
Posteriormente, o Governo Federal irá estudá-los caso a caso, dando preferência
aos projetos destinados a melhorar as instalações em áreas como a saúde,
educação, habitação social, desporto e cultura.
Lula da Silva afirmou
hoje que “o Brasil não pode esperar”, prometendo ainda “deixar o ódio na lata
do lixo”, numa referência ao seu antecessor Jair Bolsonaro.
“Não quero saber de que
partido vocês são, não quero saber por que time [equipa] vocês torcem, não
quero saber a religião”, afirmou.
“Eu vos tratarei a todos
como fossem do meu partido, como se fossem do meu partido e como se fossem do
time que eu torço”, garantiu, prometendo ainda aos presidentes de câmara
que os bancos públicos vão voltar a investir nas cidades, através de
empréstimos, para “fazer obra”.
ANG/Inforpress/Lusa
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