Haiti/População debaixo "do inferno" dos grupos armados
Bissau, 10 Mar 23 (ANG)Raptos, violações, mortes, tiroteios, etc.. o Haiti faz face a uma gigante onda de violência perpetrada por gangues armados que controlam quase a totalidade de Port-au-Prince, de acordo com o Alto-comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk.
Pelo menos 60 pessoas foram mortas na
semana passada em confrontos entre gangues rivais na capital, segundo a Rede
Nacional de Defesa dos Direitos Humanos, uma ONG haitiana.
Já sexta-feira da semana passada, o Alto
Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos pediu à comunidade
internacional para equacionar “o envio urgente para o terreno de uma força de
apoio especializada”, para travar “o inferno” que estão a viver os haitianos.
“A polícia nacional do Haiti precisa de
apoio internacional imediato”, acrescentou Volker Türk numa conferência de
imprensa em Port-au-Prince.
No termo da sua deslocação oficial de dois
dias ao país, o responsável da ONU lamentou a violência extrema dos gangues e
as sucessivas violações dos direitos dos haitianos: “Há meses que as pessoas
são assediadas e aterrorizadas por bandos criminosos. O Estado nada pode fazer
para colocar um fim à situação.”
O advogado austríaco, já no aeroporto da
capital, lembrou que “mais de 500.000 crianças vivem nos bairros controlados
pelos gangues. Mal têm acesso à educação”. ANG/RFI
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