Partidos sem assento parlamentar divididos quanto a solução
Bissau, 21/12/17
(ANG) – Os partidos políticos, ouvidos quarta-feira pelo Presidente da República, estão
divididos em relação as propostas de resolução da presente crise política no
país.
Em declarações a
imprensa depois do referido encontro, o Presidente da União Patriótica da Guiné
(UPG), Fernando Vaz, defendeu a reabertura do Parlamento, porque, segundo as
suas palavras, é o local onde se manifesta a vontade popular, através do voto
dos deputados.
Para o líder da
APU-PDGB, a resolução da actual crise passa pela implementação efectiva dos
Acordos de Bissau e Conacri, onde o primeiro passo deve ser “a nomeação do
Augusto Olivais (dirigente do Partido PAIGC) para o cargo do Primeiro Ministro.
Nuno Gomes Nabiam
acusa ainda, o Presidente da República de “ter falhado mais uma vez”, por ter
alegadamente, durante a última Cimeira de CEDEAO em Nigéria “aceitado a
nomeação do Augusto Olivais, no quadro de Acordo de Conacri e, mudar de
posição, apresentando um falso roteiro” que, no seu entender só satisfaz as
vontades do Partidos da Renovação Social e o chamado “Grupo dos 15” deputados
expulsos do PAIGC.
A mesma opinião tem o
Paulo Semedo, ou seja, de aplicar o Acordo de Conacri, começando pela nomeação
do Augusto Olivais a função do chefe dum novo governo.
Por sua vez,
Silvestre Alves do Movimento Democrático Guineense (MDG) advoga a formação de
“governo tecnocrata” de figuras independentes e longe dos partidos políticos,
em prol da Guiné-Bissau.
Finalmente, para
Carlos Vamain do Fórum Cívico- Social Democrata, o Presidente da República
“deve, a luz da Constituição da República, convocar a Sessão Extraordinária da
Assembleia Nacional Popular (Parlamento) ”, com vista a desbloquear a situação,
dado que, de acordo com ele, tanto “Acordo de Conacri, como o Roteiro
apresentado na Cimeira de CEDEAO são anticonstitucionais.
Antes deste encontro
com as formações políticas sem representação parlamentar, o Chefe de Estado,
tinha recebido os líderes das confissões religiosas, que não proferiram
quaisquer declarações.
Antes de ouvir os
partidos com deputados no Parlamento, José Mário Vaz ausculta o poder
tradicional sobre o chamado “Roteiro” para tirar a Guiné-Bissau na crise
política que se encontra há quase três anos.
Na última Cimeira dos
Chefes de Estados da Comunidade Económica dos Países da África Ocidental (
CEDEAO), José Mário Vaz apresentou um “Roteiro para a implementação do Acordo
de Conacri”, no qual consta, nomeadamente a “reintegração incondicional do Grupo
dos 15 no PAIGC, a reabertura imediata da plenária do Parlamento e a exoneração
do actual Primeiro Ministro” e a consequente formação dum Governo Inclusivo.
ANG/QC/JAM
Sem comentários:
Enviar um comentário