“Jomav é um Presidente inexistente e ausente nos Fóruns importantes”, acusa
Paulo Gomes
Bissau,29
Dez 17 (ANG) - O economista guineense,
Paulo Gomes afirmou recentemente que José Mário Vaz é um Presidente da
República “inexistente” e “ausente”
dos grandes fóruns internacionais importantes, nos quais podia jogar um papel
de influência na mobilização de recursos e parcerias junto dos seus homólogos.
Em
entrevista concedida ao jornal O Democrata, Paulo Gomes acrescentou ainda que o
Chefe de Estado guineense, mesmo participando, "não propõe ideias concretas na discussão ou análises de grandes
assuntos sobre o país e muito menos questões relacionadas com a vida política,
social e económica do continente".
Para o ex-alto funcionário do Banco Mundial e ex-candidato independente classificado na terceira posição nas eleições presidenciais de 2014, JOMAV não está à altura de dirigir o país.
Para o ex-alto funcionário do Banco Mundial e ex-candidato independente classificado na terceira posição nas eleições presidenciais de 2014, JOMAV não está à altura de dirigir o país.
No
entanto, manifestou o seu desejo de ver o actual chefe de Estado a ser o primeiro, desde a
independencia, a terminar o seu mandato. “Esse é o meu maior desejo que tenho
para ele”.
Mas a verdade, segundo Paulo Gomes, JOMAV não está
preparado para exercer um segundo mandato, porque não conseguiu agregar,
cristalizar aspectos estratégicos, unir os guineenses e cicatrizar este país,
depois de tudo aquilo que viveu e as comunidades viveram.
“Temos que criar uma identidade nacional, porque os
factores étnicos existem ainda. Não queria falar disso, mas eles existem”, notou o político.
Comentando
a actual situação política que o país vive há mais de dois anos sem uma solução
a vista, Paulo Gomes respondeu que a crise
não lhe surpreendeu.
“Há mais de dois anos já vos tinha dito, quando
tive conversas com os media nacionais, que estava preocupado com a intenção do
Presidente em derrubar o governo”.
Acto seguinte, prosseguiu, teria visitado o
Presidente tendo-lhe dito para nao derrubar o governo naquela altura, pois a
Guine-Bissau precisava de um período de ‘estado de graça’ para ele poder
dirigir e tirar o país da situação em que estava, depois de um período de
transição e reduzir as vulnerabilidades que temos a nível de recursos humanos e
mesmo financeiros, mas não foi ouvido.
Paulo Gomes disse ainda que para alem de não ter
escutado a sua sugestao, José Mário Vaz desencadeou o cenário que ele queria,
porque certamente pensava que podia controlar tudo e ganhar.
“Neste momento, ele é o único que pode resolver
esse problema, porque foi ele que o desencadeou, e tem a responsabilidade de
resolvê-lo”, avisou.
Perguntado sobre o que acha do Roteiro apresentando
pelo José Mário Vaz para a saída da crise, Gomes frisou que, não sabe por que
ele apresentou o roteiro, depois do outro documento preparado no momento das
discussões em Conacri, nas quais houve um consenso em torno dele.
Revelou que em Abuja, o chefe de Estado foi
solicitado que colocasse acima dos interesses partidários, porque é muito
frequente em partidos políticos haver tensões e crises, por isso o Presidente
deve ficar fora dessas guerras e turbulências.
“ E nós todos, ou seja, a maior parte da população
acreditou nele quando disse que não entraria nas questões políticas e que ia
deixar o Primeiro-ministro fazer o seu trabalho”, lamentou Paulo Gomes
ANG/O Democrata
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