Bissau,21 Dez
17(ANG) - "Recebem
centenas de milhões de dólares e até milhares de milhões de dóalres(…) Deixe-os
votar contra nós. Vamos poupar muito. Não nos importamos”, afrmou o Presidente
norte americano.
O
Presidente dos EUA lançou esta quarta-feira um sério aviso aos Estados-membros
da ONU que tencionam apoiar uma rsolução que condena o reconhecimento norte-americano
de Jerusalém como capital de Israel, ameaçando cortar a ajuda finaceira
atribuída por Washington.
“Vamos
tomar nota dos votos”, disse Donald Trump, em declarações na Casa Branca, em
Washington, na véspera de uma votação na Assembleia Geral da ONU de um texto
contra o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel.
Nas
mesmas declarações, Trump denunciou “todos os países que recebem dinheiro dos
Estados Unidos e que depois votam contra os EUA no Conselho de Segurança”.
“Recebem
centenas de milhões de dólares e até milhares de milhões de dólares (…)
deixem-os votar contra nós. Vamos poupar muito. Não nos importamos”, reforçou8
o chefe de Estado norte americano.
Os 193
países membros da Assembleia Geral da ONU vão votar na quinta-feira um projecto
de resolução que foi proposto pelo Ièmen e Turquia, em nome de um grupo de
países árabes e da Organização para a Cooperação Islámica(OCI).
O
texto não faz uma menção específica aos Estados Unidos, mas afirma que qualquer
decisão sobre Jerusalém deve ser cancelada.
Esta
votação acontece “depois de Washington ter recorrido, na segunda-feira, ao seu
direito de veto no Conselho de Segurança para impedir a adopção de uma
resolução que tembém condenava a decisão norte americana.
Ao
contrário do que se passa no Conselho de Segurança (os cinco membros
permanentes do órgão têm direito de veto), na Assembleia Geral não há direito
de veto e os textos adoptados não são vinculativos.
Em
reação a esta votação, a embaixadora dos Estados Unidos junto das Nações
Unidas, Nikki Haley, fez saber, via rede social Twuitter e numa carta
endereçada a representantes de vários Estados membros, que Washington ia
“anotar os nomes dos países que rejeitarem o reconhecimento de Jerusalém como
capital israelita e a mudança da embaixada norte americana para a mesma cidade.
As
palavras de Nikki Haley foram denunciadas hoje em Estambul pelo chefe da
diplomacia palestiniana, Riyad al-Malki, que afirmou que os Estados Unidos
estão a recorrer a ameaças e a intimidações.
“Hoje(quinta-feira)
veremos quantos países vão optar por votar (com) a sua consciência. Eles
votarão pela justiça e votarão a favor desta resolução”, disse o ministro dos
Negócios Estrangeiros palestiniano.
Ao
lado de Riyad al-Malki estava o ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Mevlut
Cavusoglu, que disse acreditar que os países membros da Assembleia Geral da ONU
vão ignorar a pressão norte americana e vão votar em consciência.
“Nenhum
Estado honrado vai inclinar-se perante tal pressão”, disse o chefe da
diplomacia da Turquia."
Trump
anunciou a 06 de Dezembro que os Estados Unidos reconhecem Jerusalém como
capital de Israel e que vão transferir a sua embaixada de Telavive para
Jerusalém, contrariando a posição da ONU e dos países européus, árabes e
muçulmanos, assim como a linha diplomática seguida por Washington ao longo de
décadas.
Os
países com representação diplomática em Israel têm as embaixadas em Telavive,
em conformidade com o princípio, consagrado em resoluções das Nações Unidas, de
que o estatuto de Jerusalém deve ser definido em negociações entre israelitas e
palestinianos.
A
questão de Jerusalém é uma das mais complicadas e delicadas do conflito
israelo-palestiniano, um dos mais antigos do mundo.
Israel
ocupa Jerusalem oriental desde 1967 e declarou, em 1980, toda a cidade de
Jerusalem como a sua capital indivisa.
Os
palestinianos querem fazer de Jerusalem oriental a capital de um desejado
Estado palestiniano, coexistente em paz com Israel.
Jerusalem
é considerada uma cidade santa para crsitãos, judeus e muçulmanos.
ANG/Lusa
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