Despachante oficial do Presidente da República
detido por corrupção e associação criminosa
Bissau,07 Dez
17(ANG) - A Polícia Judiciária (PJ) deteve, no passado dia 04 de dezembro, o
despachante oficial da empresa Jomav, Saido Camará, por alegada prática de
fraude fiscal, abuso de confiança, corrupção, falsificação de documentos e
associação criminosa.
Sede da PJ em Bissau |
No âmbito de uma
operação intitulado “Máximo Divisor Comum”, a PJ tinha detido quatro indivíduos
sobre a mesma prática em que, segundo a PJ guineense, o Estado guineense teria
sido lesado em quase dois mil milhões de francos Cfa.
As quatro pessoas
detidas no passado 23 de novembro já foram ouvidas pelo Juiz de Instrução
Criminal que pronunciou a prisão preventiva, enquanto aguardam a evolução do
processo.
Entretanto, sobre
a detenção daquele que terá sido um despachante próximo do Presidente da
República, José Mário Vaz, o Procurador-Geral da República, Bacari Biai garantiu
que o Ministério Publico guineense está a trabalhar com a “total imparcialidade
e isenção” para o cumprimento da legalidade no país.
Numa entrevista
exclusiva à rádio Capital FM em Bissau, Bacari Biai garantiu que “se não fossem
os obstáculos constitucionais” e “se o Ministério Público tivesse um indício de
crime contra Presidente JOMAV” o chefe de Estado seria investigado.
Para Bacari Biai,
o despachante oficial Saido Camará “não é o Presidente da República” mas apenas
“um simples despachante”, acrescentando que, se existirem relações entre este e
José Mário Vaz, isso não impede que os indícios contra o despachante seja
investigado. “É o que está acontecer”, disse Bacari Biai.
ANG/ e-Global Notícias em Português
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