Fodé Mané lembra ao MP que nao o cabe controlar partidos, ONG,s e empresas
Bissau, 05
Dez 17 (ANG) - O Jurista Fodé Mané afirmou que apenas compete ao Supremo
Tribunal da Justiça (STJ) resolver eventuais problemas no seio dos partidos
políticos, isso em caso de conflitos internos e não o Ministerio Publico como
pretende o conteudo da nota a imprensa da Procuradoria-Geral da Republica.
O
Ministério Publico ordenou a 1 deste mes aos Partidos Políticos, Organizações
da Sociedade Civil para, num prazo de dez dias, apresentarem os respectivos
Estatutos e Actas dos últimos Congressos ou Assembleias-gerais de onde saíram
os respectivos órgãos
No
documento o Ministério Público alega que os partidos políticos são instituições
importantes para a constituição e consolidação do Estado de direito Democrático
e de expressão da vontade popular, por esta razão são obrigados a respeitarem
as regras e princípios democráticos, entre os quais, eleição periódica dos órgãos.
Em resposta a esta posicao, Fode Mane enderecou uma carta ao Procurador-Geral da Republica, Bacari Biai na qual esclarece que nao pretende reagir aos actos de uma
pessoa e muito menos de uma instituição como a Procuradória Geral da Republica
(PGR), “mas quando o barco vai a deriva é necessário alguém avisar a
navegação”, refere na missiva Fodé Mané.
“Os partidos politicos são entidades autonomas e para as
suas legalizações são registados no STJ, nem pedem autorizações, o STJ só vê a
conformidade com a lei Quadro dos Partidos Politicos”, esclarece o causidico
que avanca ainda que as associações e Fundações fazem a escritura publica junto
ao notariado enquanto as empresas hoje a fazem junto ao Centro de Formalização
das empresas.
“As associações
são não-governamentais, enquanto não há violação da lei ninguém os controla a
não ser os seus órgãos internos”, disse Fodé Mané que instou ao PGR a
lembrar-se muito bem do termo ONG, que “significa muito”.
Fode Mane
questiona o facto de um
órgão da importância da PGR estar a violar “em grosso” os princípios da
separação de poder, num momento em que morre um ser humano na prisão detido
ilegalmente a mando dos agentes da PGR.
Isso “é motivo para a preocupação. Não pergunto onde
querem nos levar, mas digo, onde nos querem levar não vamos”, concluiu.
ANG/AALS/JAM
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