Advogado
da família Dilberto Lopes acusa Botche Candé de abuso de poder
Bissau, 14 Dez 17 (ANG) – O
advogado da família Dilberto Lopes acusa Botche Candé, actual ministro de
estado e do Interior de abuso de poder e
desrespeito pela decisão do tribunal que mandou suspender as obras no terreno
em litígio cito no Alto Crim, junto ao Mercado de Bandim.
Basílio Sanca que falava terça-feira numa conferência de imprensa disse
que verificou o uso das forças policiais
do Estado para benefício próprio.
O advogado referiu que a polémica
vem de longa data, mas que em 2010
ganhou outro contorno.
Disse que depois de o Tribunal
ter decidido que o terreno pertencia a família em causa, surpreendentemente um
juiz fez um despacho avaliando o local num valor de dois milhões e meio de
francos CFA.
“No mesmo despacho o terreno
foi dado ao Botche Candé como sendo o dono, contra a decisão da justiça que já
tinha decidido a favor da família Lopes alegando que o actual Ministro do Interior tinha
investido no terreno, o que não corresponde à verdade ”,sustentou Sanca.
O advogado frisou que a
construção de um prédio no local foi feita por um cidadão libanês de nome
Mamudo que fez um contrato com Botche Candé,
para a exploração do lugar por um período de 12 anos, fim do qual o
imóvel passaria definitivamente para
Botche Candé.
“O Botche levanta este
problema só quando está no poder e já o tinha feito no passado quando era o Ministro
do Comércio em que mandou polícias ao local, o que resultou em confrontos com
membros da família Dilberto Silva “, afirmou.
Acrescentou que como ministro do Interior fez o mesmo agora
avançando com as obras com a protecção das forças policias que protegem os
trabalhadores da possível retaliação dos familiares “,disse.
O defensor legal da família
Lopes disse que o processo ainda está em recurso não havendo decisão final do
tribunal.
Disse entretanto haver uma outra decisão do tribunal que mandou parar as obras até a decisão definitiva.
“Mas as obras continuaram porque
Botche Candé é ministro do Interior. Só que ele não está a agir como devia,
sendo um homem de Estado está a praticar um acto criminoso”, disse.
Basílio Sanca acusou por
outro lado, o Presidente da Câmara Municipal de Bissau (CMB), de ter medo de
perder o lugar uma vez que aquela instituição já tinha mandado encerrar as
obras em curso, tendo apelado a intervenção do Ministério Público pedindo a CMB todos os documentos do ministro
Candé em relação a execução da obra naquele terreno.
O advogado avisou ao ministro
do Interior de que aquelas construções podem vir a ser demolidas a qualquer
momento por não ser legal, tendo lamentado a morosidade da justiça no país.
“Vamos continuar a fazer a
nossa luta legal porque não temos força para enfrentar os polícias ou ir contra
a decisão do tribunal “, prometeu o advogado. ANG/MSC/ÂC/SG
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