Oposição responsabiliza Governo pela greve da Polícia em Cabo Verde
Praia, Cabo Verde, 29 Dez 17 (ANG) – Os partidos políticos da oposição em Cabo
Verde
manifestaram-se, quarta-feira, preocupados com a greve de três dias na Polícia
Nacional (PN), responsabilizando o Governo "por não ter cumprido" os
compromissos assumidos nas negociações com o sindicato representativo dos
efetivos policiais.
Numa primeira reação a esta que é a primeira greve levada a cabo em 147 anos da história da instituição policial do arquipélago, a presidente do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), principal força da oposição do país, apelou ao Governo de Ulisses Correia e Silva para "esgotar todas as vias do diálogo para proteger o país e os cidadãos".
Segundo Janira Hopffer Almada, os cidadãos, principalmente os da capital onde tem sido alta a taxa da criminalidade, estão apreensivos quanto à sua segurança nesta quadra festiva.
A líder do PAICV disse também lamentar o facto de o Governo não ter cumprido com o acordo celebrado há nove meses e nem conseguido negociar para evitar a greve.
“Esta é a primeira vez na nossa história que a Polícia faz greve, após em março deste ano ter feito um pré-aviso que só não se efetivou por o Governo ter celebrado um acordo com a Polícia Nacional e que não conseguiu cumprir passados nove meses”, recordou.
Janira Hopffer Almada ressaltou que é “muito preocupante que, face aos fenómenos que vêm acontecendo e à insegurança que vem reinando, pessoas e bens sejam confrontados com essa situação”.
Por sua vez, líder da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID), partido da oposição com três assentos no Parlamento, afirmou que o primeiro-ministro Ulisses Correia e Silva “deve intervir” para se encontrar uma solução negociada para evitar o prolongamento da greve de três dias.
“Ainda ontem, tínhamos a esperança (de) que o Governo pudesse sentar-se à mesa com o sindicato representativo dos polícias para que se encontrasse uma solução, mesmo que se protelasse um pouco mais a entrada em vigor do acordo”, afirmou António Monteiro.
Segundo ele, uma greve dos polícias nesta altura do ano, ou seja das festas, “poderá aumentar o sentimento de insegurança que as pessoas têm tido nos últimos anos em Cabo Verde”.
Na perspetiva do presidente da UCID, esta greve poderia ter sido evitada se o “Governo fosse um pouco mais flexível, ou então, se em março deste ano, altura da assinatura do acordo com o sindicato da Polícia, tivesse dito de forma clara que tinha em mente uma outra política de segurança e que não seria possível aceitar o compromisso que assumiu”.
Já o Movimento para a Democracia (MpD), maioria parlamentar que suporta o Governo, diz-se “surpreso” com a greve dos polícias, tendo em conta os investimentos feitos no ano e meio de governação desse partido na “melhoria das condições salariais” e em equipamentos da PN.
Numa conferência de imprensa para reagir à greve, o secretário-geral do MpD, Miguel Monteiro, defendeu que, no último ano e meio de governação do seu partido, "foram tomadas medidas importantes, nomeadamente no que diz respeito à aprovação do estatuto remuneratório da PN".
Segundo ele, entre as medidas tomadas inclui-se igualmente a resolução dos processo de promoções e progressões, assim como o reforço dos meios operacionais e de segurança.
“A esta situação de melhoria gradual e consistente das condições de trabalho da PN, podemos contrapor com as condições que a PN não tinha até 2016, e que nunca foram alvo de queixa, quanto mais motivo de greve”, lamentou o secretário geral do MpD.
Miguel Monteiro garantiu, por isso, que o Governo “cumpriu com o acordado com o sindicato da Polícia Nacional”.
A paralisação em causa foi convocada pelo Sindicato Nacional da Polícia (SINAPOL) para os dias 27, 28 e 29 deste mês.
Numa primeira reação a esta que é a primeira greve levada a cabo em 147 anos da história da instituição policial do arquipélago, a presidente do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), principal força da oposição do país, apelou ao Governo de Ulisses Correia e Silva para "esgotar todas as vias do diálogo para proteger o país e os cidadãos".
Segundo Janira Hopffer Almada, os cidadãos, principalmente os da capital onde tem sido alta a taxa da criminalidade, estão apreensivos quanto à sua segurança nesta quadra festiva.
A líder do PAICV disse também lamentar o facto de o Governo não ter cumprido com o acordo celebrado há nove meses e nem conseguido negociar para evitar a greve.
“Esta é a primeira vez na nossa história que a Polícia faz greve, após em março deste ano ter feito um pré-aviso que só não se efetivou por o Governo ter celebrado um acordo com a Polícia Nacional e que não conseguiu cumprir passados nove meses”, recordou.
Janira Hopffer Almada ressaltou que é “muito preocupante que, face aos fenómenos que vêm acontecendo e à insegurança que vem reinando, pessoas e bens sejam confrontados com essa situação”.
Por sua vez, líder da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID), partido da oposição com três assentos no Parlamento, afirmou que o primeiro-ministro Ulisses Correia e Silva “deve intervir” para se encontrar uma solução negociada para evitar o prolongamento da greve de três dias.
“Ainda ontem, tínhamos a esperança (de) que o Governo pudesse sentar-se à mesa com o sindicato representativo dos polícias para que se encontrasse uma solução, mesmo que se protelasse um pouco mais a entrada em vigor do acordo”, afirmou António Monteiro.
Segundo ele, uma greve dos polícias nesta altura do ano, ou seja das festas, “poderá aumentar o sentimento de insegurança que as pessoas têm tido nos últimos anos em Cabo Verde”.
Na perspetiva do presidente da UCID, esta greve poderia ter sido evitada se o “Governo fosse um pouco mais flexível, ou então, se em março deste ano, altura da assinatura do acordo com o sindicato da Polícia, tivesse dito de forma clara que tinha em mente uma outra política de segurança e que não seria possível aceitar o compromisso que assumiu”.
Já o Movimento para a Democracia (MpD), maioria parlamentar que suporta o Governo, diz-se “surpreso” com a greve dos polícias, tendo em conta os investimentos feitos no ano e meio de governação desse partido na “melhoria das condições salariais” e em equipamentos da PN.
Numa conferência de imprensa para reagir à greve, o secretário-geral do MpD, Miguel Monteiro, defendeu que, no último ano e meio de governação do seu partido, "foram tomadas medidas importantes, nomeadamente no que diz respeito à aprovação do estatuto remuneratório da PN".
Segundo ele, entre as medidas tomadas inclui-se igualmente a resolução dos processo de promoções e progressões, assim como o reforço dos meios operacionais e de segurança.
“A esta situação de melhoria gradual e consistente das condições de trabalho da PN, podemos contrapor com as condições que a PN não tinha até 2016, e que nunca foram alvo de queixa, quanto mais motivo de greve”, lamentou o secretário geral do MpD.
Miguel Monteiro garantiu, por isso, que o Governo “cumpriu com o acordado com o sindicato da Polícia Nacional”.
A paralisação em causa foi convocada pelo Sindicato Nacional da Polícia (SINAPOL) para os dias 27, 28 e 29 deste mês.
ANG/Pana
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