terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Forças Armadas



       LGDH denuncia más condições de detenção nas celas de Base Aérea

Bissau, 26 Dez 17 (ANG) - O Presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH), Augusto Mário da Silva disse, no fim de semana, que as celas do Quartel de Base Aérea, onde estão detidos quatro militares suspeitos de conspiração contra o Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas, não possuem condições.

 Augusto Mário da Silva, falava ao Jornal O Democrata, depois de uma visita efetuada a estes detidos há já duas semanas acusados de tentativa contra integridade fisica de Biague Nan Tam.

O ativista disse entregue na ocasiao materiais de higiene pessoal e colchões, para permitir que os presos tenham as mínimas condições que preservem a dignidade da pessoa humana e apelou a sensibilidade do Governo para sanear esta situação.

“Entregamos os materiais [adquiridos com apoio de PNUD, no quadro do programa de acesso à Justiça] e constatamos que as celas não possuem condições, como todas outras do país”, disse. 

De acordo com o dirigente da LGDH, os detidos não tinham colchões, as casas de banhos sem condições, as refeições não são regulares. Portanto, deplorou, esperamos que o Estado-maior faça alguma coisa para melhorar a situações dessas pessoas. 

Augusto Mário da Silva disse que a LGDH vai continuar acompanhar a evolução da situação, salientando que contudo acredita que o Tribunal Militar vai efetivamente assegurar garantias dos direitos dos detidos, permitindo que todos eles tenham advogados.

Explicou que três dos detidos estão de boa saúde, mas o quarto esta com paludismo e está a medicar e aparentemente está recuperar-se muito bem.

Por seu lado, o Presidente do Supremo Tribunal Militar, Daba Na Ualna, reconheceu a atitude da Liga Guineense dos Direitos Humanos ao demonstrar com este acto o seu papel enquanto parceiro de Estado  na procura de melhores soluções para a dignificação da pessoa humana.

Questionado sobre o prazo para os militares detidos serem apresentados à justiça, o responsável máximo da justiça militar disse que a instituição que dirige sempre respeita a estrutura acusatória.

Na Ualna revelou que os militares detidos já foram quase todos ouvidos e caberá à Promotoria da Justiça Militar avaliar de acordo com aquilo que ouviu do inquérito se há matéria para acusar ou não.
ANG/O Democrata

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