Repórter Sem Fronteira revela que 65
jornalistas foram mortos em todo o mundo no ano 2017
Bissau,20 Dez 17(ANG) - Sessenta e cinco jornalistas foram mortos este ano em todo o mundo, incluindo 50 profissionais, sete “jornalistas-cidadãos” (‘bloggers’) e oito “colaboradores” dos ‘media’, segundo o relatório anual da Repórteres Sem Fronteiras (RSF) divulgado esta terça-feira.
O
balanço de 2017 torna o ano menos mortífero em 14 anos para os jornalistas
profissionais, observou a organização não-governamental com sede em
Paris-França.
Dos 65 jornalistas (profissionais e
não-profissionais) mortos desde o início do ano, 39 foram assassinados ou
deliberadamente atacados e 26 morreram no exercício das suas funções.
O
mesmo relatório lembra que, a semelhança do ano passado (2016), a Síria foi o
país mais mortífero para os jornalistas, com o registo de 12 mortos,
seguindo-se o México (11), Afeganistão (nove), Iraque (oito) e Filipinas
(quatro).
Numa
análise ponderada à situação dos jornalistas no mundo, o documento realça,
admitindo, contudo, que se menos profissionais da comunicação social foram
mortos em todo o mundo em 2017 comparativamente ao ano passado (79 mortos) é
porque tal fato deve-se à crescente tomada de consciência da necessidade de
melhor proteger os jornalistas e à multiplicação de campanhas lançadas por
organizações internacionais e pelos próprios ‘media’, acrescentando que o tal
deve-se também ao facto de “os países que se tornaram muito perigosos se terem
esvaziado de jornalistas”.
“É
o caso da Síria, do Iraque, do Iémen, da Líbia, onde se verifica uma hemorragia
da profissão”, lamentou a RSF.
A
organização com sede em França admite, no entanto, que a fuga dos jornalistas
que deixam o seu país e abandonam a sua profississão esteja ligada a conflitos
armados que colocam em perigo a vida dos jornalistas que fazem a cobertura das
guerras, em países como o México e sobretudo quando os cartéis de drogas e os
políticos locais fazem reinar o terror.
“O
México é o país em paz mais perigoso do mundo para jornalistas”, sublinhou a
Repórteres Sem Fronteiras no seu relatório anual.
ANG/O DEMOCRATA
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