quinta-feira, 21 de junho de 2018

PR/ balanço


“A política só é nobre quando trabalhamos em defesa dos interesses do povo”, diz Presidente da República

Bissau,21 Jun 18 (ANG) – O Presidente da República afirmou que o povo esteve sempre presente em todas as decisões por ele tomadas ao longo dos quatro anos do seu mandato.

José Mário Vaz, em entrevista coletiva concedida à imprensa pública e privada guineense, disse que está na presidência graças ao povo e por isso vai fazer tudo para lhes defender.

“O mais importante  é que a política só é nobre quando trabalhamos em defesa dos interesses do povo. Estou triste em afirmar que infelizmente na Guiné-Bissau, ao longo dos quatro anos do meu mandato, tanto nós que estamos a frente do aparelho de Estado assim como os nossos antecessores, de facto, não fizemos um bom trabalho de casa, na medida em que não fomos capazes de atacar corretamente os problemas candentes do país”, lamentou.

O Presidente da República sublinhou que o sonho de Amílcar Cabral e dos combatentes da liberdade  da pátria foram postos em causa.

 “A Guiné-Bissau deve ser de todos e para todos e não pode ser um país onde há filhos e enteados. A Guiné-Bissau não pode ser um país bom para alguns e péssimo para outros”, disse.

O Chefe de Estado disse que o mais importante para ele é para que as pessoas conhecam bem o país, para podermos resgatá-lo na situação difícil em que se encontra.

“Durante os quatro anos do meu mandato vivemos de facto uma situação difícil porque podíamos ter resolvido muitos problemas deste país, infelizmente não conseguimos, não obstante ter prometido fazer tudo para que a vida dos guineenses sejam melhor e diferente,reconheceu acrescentando que isso deveria ser a verdadeira missão dos governantes.

José Mário Vaz afirmou que, como primeiro magistrado da Nação e símbolo da unidade nacional, deve tudo fazer para que a vida dos guineenses seja melhor e diferente.

“Estou triste na medida em que o trabalho de casa que nós devíamos fazer não o fizemos. Não conseguimos dar aos guineenses o que verdadeiramente necessitam. Fragilidades na educação, na saúde, problemas de autossuficiência alimentar, de corrupção e estamos totalmente desviados daquilo que é a verdadeira missão dos governantes”, afirmou.

O Presidente da República afirmou que fica perplexo na medida em que quando  foram eleitos em 2014, os guineenses conseguiram eleger igualmente os seus representantes em todas as instituições da soberania.

“A esperança dos guineenses em relação as figuras do Presidente da República, da Assembleia Nacional Popular e do Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, era de que íamos ter um país diferente, em que todos os guineenses se revestem e onde não iriamos ter nenhum problema, a não ser pôr o país a funcionar, o que não conseguimos”, vincou.
José Mário Vaz frisou que durante os quatro anos do seu mandato não tomou nenhuma decisão fora da Constituição da República.

“Todas as decisões tomadas pelo Presidente da República são com base no respeito da Constituição da República e as leis do país. Mas as pessoas perguntam do porquê da nomeação de mais de quatro primeiros-ministros ao longo do meu mandato. Nós temos desafios críticos no país e que devemos resolver”, disse.

Revelou que é por isso que o povo lhes elegeu e deu-lhe o voto e mandato para poderem, de facto, resolver esses problemas, acrescentando que, infelizmente ao longo de caminhada entenderam que não conseguiram cumprir os anseios do povo.

“Não conseguimos resolver os problemas de corrupção, de desvios de procedimentos, problemas de saúde, educação, infraestruturas. Tivemos sérias dificuldades em resolver esses problemas ao longo dos quatro anos do meu mandato”, reiterou.

Afirmou que o Presidente da República decide sempre em consonância com os anseios superiores do país, do povo, em particular das mulheres, jovens etc, explicando que foi nesta perspectiva que decidiu nomear quatro primeiros-ministros ao longo do seu mandato.

“Eu atendi que os mais de quatro primeiros-ministros que nomeei no meu mandato não conseguiram satisfazer as necessidades fundamentais do nosso povo”, reconheceu o Presidente da República.  

ANG/ÂC//SG


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