“A
política só é nobre quando trabalhamos em defesa dos interesses do povo”, diz
Presidente da República
Bissau,21 Jun 18 (ANG) – O
Presidente da República afirmou que o povo esteve sempre presente em todas as
decisões por ele tomadas ao longo dos quatro anos do seu mandato.
José Mário Vaz, em entrevista coletiva
concedida à imprensa pública e privada guineense, disse que está na presidência
graças ao povo e por isso vai fazer tudo para lhes defender.
“O mais importante é que a política só é nobre quando trabalhamos
em defesa dos interesses do povo. Estou triste em afirmar que infelizmente na
Guiné-Bissau, ao longo dos quatro anos do meu mandato, tanto nós que estamos a
frente do aparelho de Estado assim como os nossos antecessores, de facto, não
fizemos um bom trabalho de casa, na medida em que não fomos capazes de atacar corretamente
os problemas candentes do país”, lamentou.
O Presidente da República sublinhou
que o sonho de Amílcar Cabral e dos combatentes da liberdade da pátria foram postos em causa.
“A Guiné-Bissau deve ser de todos e para todos
e não pode ser um país onde há filhos e enteados. A Guiné-Bissau não pode ser
um país bom para alguns e péssimo para outros”, disse.
O Chefe de Estado disse que o
mais importante para ele é para que as pessoas conhecam bem o país, para
podermos resgatá-lo na situação difícil em que se encontra.
“Durante os quatro anos do meu
mandato vivemos de facto uma situação difícil porque podíamos ter resolvido muitos
problemas deste país, infelizmente não conseguimos, não obstante ter prometido
fazer tudo para que a vida dos guineenses sejam melhor e diferente,reconheceu
acrescentando que isso deveria ser a verdadeira missão dos governantes.
José Mário Vaz afirmou que, como
primeiro magistrado da Nação e símbolo da unidade nacional, deve tudo fazer
para que a vida dos guineenses seja melhor e diferente.
“Estou triste na medida em que
o trabalho de casa que nós devíamos fazer não o fizemos. Não conseguimos dar
aos guineenses o que verdadeiramente necessitam. Fragilidades na educação, na
saúde, problemas de autossuficiência alimentar, de corrupção e estamos
totalmente desviados daquilo que é a verdadeira missão dos governantes”, afirmou.
O Presidente da República
afirmou que fica perplexo na medida em que quando foram eleitos em 2014, os guineenses
conseguiram eleger igualmente os seus representantes em todas as instituições
da soberania.
“A esperança dos guineenses em
relação as figuras do Presidente da República, da Assembleia Nacional Popular e
do Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, era de que íamos ter um país
diferente, em que todos os guineenses se revestem e onde não iriamos ter nenhum
problema, a não ser pôr o país a funcionar, o que não conseguimos”, vincou.
José Mário Vaz frisou que
durante os quatro anos do seu mandato não tomou nenhuma decisão fora da
Constituição da República.
“Todas as decisões tomadas
pelo Presidente da República são com base no respeito da Constituição da
República e as leis do país. Mas as pessoas perguntam do porquê da nomeação de
mais de quatro primeiros-ministros ao longo do meu mandato. Nós temos desafios
críticos no país e que devemos resolver”, disse.
Revelou que é por isso que o povo
lhes elegeu e deu-lhe o voto e mandato para poderem, de facto, resolver esses
problemas, acrescentando que, infelizmente ao longo de caminhada entenderam que
não conseguiram cumprir os anseios do povo.
“Não conseguimos resolver os
problemas de corrupção, de desvios de procedimentos, problemas de saúde,
educação, infraestruturas. Tivemos sérias dificuldades em resolver esses
problemas ao longo dos quatro anos do meu mandato”, reiterou.
Afirmou que o Presidente da
República decide sempre em consonância com os anseios superiores do país, do
povo, em particular das mulheres, jovens etc, explicando que foi nesta
perspectiva que decidiu nomear quatro primeiros-ministros ao longo do seu
mandato.
“Eu atendi que os mais de
quatro primeiros-ministros que nomeei no meu mandato não conseguiram satisfazer
as necessidades fundamentais do nosso povo”, reconheceu o Presidente da
República.
ANG/ÂC//SG
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