Presidente
da República destaca importância de “esforço interno” na nomeação de um
primeiro-ministro e governo inclusivo
Bissau,21 Jun 18(ANG) – O
Presidente da República afirmou que em nenhum momento sentiu a pressão da
Comunidade Internacional para nomear o atual primeiro-ministro, Aristides Gomes
e seu governo de inclusão.
“Tudo foi construído, sem sombra
de dúvidas, entre nós os guineenses. Foi nós os guineenses que conseguimos
dialogar e pôr de lado tudo o que nos dividia na altura, e com intervenção de
figuras importantes do país: o Bispo de Bissau, Plataforma das Mulheres e a
Sociedade Civil”, salientou o Presidente da República durante uma entrevista coletiva
à imprensa nacional.
José Mário Vaz acrescentou que
não foi por causa da Comunidade Internacional que conseguimos resolver esse problema,
mas sim com os esforços internos dos guineenses e que hoje estamos felizes com a
estabilidade que vivemos.
Perguntado sobre alegações de
corrupção que evocou para demitir o Governo de Domingos Simões Pereira e que
até então o Ministério Público não confirmou, José Mário Vaz respondeu que ele,
na qualidade de chefe de Estado recebe muitas informações diárias sobre
diversos assuntos de governação.
“Na base disso fiz muitas
chamadas de atenção à comunidade nacional sobre desvios de procedimentos no
aparelho de Estado. Aí já não compete ao Presidente da República tomar decisões
fora da sua competência”, disse.
José Mário Vaz referiu , a
título de exemplo, que, se fechar o
perímetro a volta da Praça dos Heróis Nacionais, parar todas as viaturas e questionar as
pessoas que estão dentro desse perímetro das suas funções, poucos vão dizer que
são ministros, secretários de Estado ou Directores Gerais, mas sim, simples
funcionários, em carros de luxo.
“Mas se acompanharem essas pessoas para verem
as suas casas, vão com certeza constatar vivendas que nem os grandes empresários
conseguem ter ao longo das suas vidas. Casas melhores que o Palácio da
República”, disse.
“É só para ver como é que a
corrupção é terrível para o país e para os guineenses em geral e está a corroer
a economia da Guiné-Bissau”, sustentou salientando que compete ao poder
judicial resolver esses problemas.
“Tenho informações que algum
trabalho já está a ser feito e que o
Tribunal de Contas já colocou informações no Ministério Público e até agora
nada foi resolvido. E como isso não compete ao Presidente da República, porque
existe a separação de poderes e nada posso fazer e estou igualmente a aguardar
como todos”, disse.
ANG/ÂC//SG
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