INACEP
nega responsabilidade na morosidade da emissão do documento
Bissau, 31 ago 18 (ANG) – A Imprensa Nacional
(INACEP) negou hoje ter qualquer responsabilidade na demora de emissão de
passaportes, contrariando as acusações feitas quinta-feira pelo director dos serviços
de Migrações e Fronteiras.
Em conferência de imprensa, em reacção às
acusações da Direcção Geral de Migração e Fronteiras, o responsável de produção
de passaportes da INACEP, José Celestino Dias Sanches disse que os documentos
não demoram mais de vinte e quatro horas no seu serviço, salientando que as
vezes trabalham até fora de horas do expediente para poder atender as
preocupações dos clientes.
Questionado sobre as queixas de que há
passaportes que demoram dois meses para sair, este responsável disse que isso
não passa de desinformação, salientando que os mesmos nunca duraram mais de uma
semana na inacep.
“Podemos aceitar que os bancos demoram em nos
facultar os recibos de pagamentos de passaportes. No nosso caso trabalhamos
exclusivamente com a Agência do Ecobank da Chapa de Bissau que dificulta o nosso trabalho”, explicou.
Dias Sanches disse que têm um acordo com o Ecobank
para que cada recibo de pagamento tenha a referência do ano em curso, mas que
já em 2018 ainda estão a emitir recibos de 2017, o que muitas das
vezes complica a situação de produção de passaportes.
“Estes recibos de 2017 deviam ser extintos
desde o mês de Março do ano em curso o que não foi o caso, e explicamos isso ao
Director-geral de Migração e Fronteiras sobre os riscos de emissão paralela dos
recibos de pagamentos dos dois anos e que está a causar-nos enormes
transtornos”, esclareceu.
Por seu turno, o advogado da empresa
produtora de passaportes “Cetis” disse que o
sistema montado permite imprimir passaportes de segundo em segundo, basta o
interessado entregar o dossier na Migração ou nos serviços competentes e se o sistema
aceitar os dados o passaporte é impresso imediatamente.
Paulino Mendes frisou que Cetis não tem
necessidade de demora na produção de passaportes salientando que quanto mais
célere for o processo, mais passaportes imprimem e mais receitas entram.
“Como parceiros que somos é lamentável que
este assunto seja tratado fora do meio próprio e a demora na produção de
passaporte não depende da empresa Cetis nem na Inacep “,disse.
Mendes disse que as vezes os passaportes são
impressos mas os serviços e de Migração demora em vir levantar as cadernetas na
INACEP.
Falando dos ganhos da produção de
passaportes, o advogado frisou que a INACEP tem cinquenta por cento e o Estado
leva a mesma percentagem.
ANG/MSC/ÂC//SG