Função Pública/UNTG discorda com o novo Orçamento Geral
de Estado aprovado pelo Governo
Bissau, 11 Nov 21 (ANG) – A
União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG), manifestou hoje a sua
discordância, perante ao novo Orçamento Geral de Estado (OGE), aprovado
terça-feira na última reunião de Conselho dos Ministros, pelo Governo.
Em entrevista exclusiva à
Agência de Notícias da Guiné (ANG), o Adjunto Secretário Geral da UNTG Yasser
Ture, descreveu que, o novo Orçamento aprovado pelo executivo não passa de
“cópia” do Orçamento do ano transacto.
“É um Orçamento que em
primeiro lugar, vai aumentar a divida pública, porque do ponto de vista do
Governo, eles pretendem obrigar-nos a trabalhar para poderem pagar as dividas
que ao longo dos anos contrariaram com os seus parceiros”, disse.
Acrescentou ainda que, as
dividas contraidas entre o executivo e os seus parceiros do desenvolvimento,
ultrapassam 70 por cento do Produto Interno Bruto do país.
Segundo o responsável, para
reduzir a respectiva divida, os actuais governantes do país, decidiram aprovar um
novo Orçamento com défice muito elevado, o que significa que, não corresponde
com as receitas e não compensa aos gastos anuais.
Realçou por outro lado que,
as dividas que o país contraiu com os seus parceiros, beneficiam apenas os
governantres, e não o povo.
“Os governantes fazem empréstimos
em nome do povo, mas em fim, não vemos e nem sabemos, onde o dinheiro foi
aplicado, porque até hoje o país continua a atravessar a mesma crise em quase
todo o sector”, informou.
Yasser Turé sublinhou que, o
país não para de acumular as dívidas, frisando que, para fazer prazer ao Fundo
Monetário Internacional(FMI), tinham que colocar o Povo em sofrimento.
“Prova disso, ainda este ano,
cortaram ajudas de custos dos servidores de Estado, para efeitos da junta
médica e que é um direito que assiste qualquer cidadão guineense”, explicou o Adjunto
Secretário geral da UNTG.
Disse que, os governantes em
vez de estudarem os mecanismos de reduzir as despesas que fazem, e que o povo
não vê, decidiram mais uma vez com este Orçamento, sacrificar a população.
“Por isso, a UNTG não está
de acordo com a aprovação do novo “OGE” 2022, porque eles têm medo de reduzir
os seus compromissos partidários, que de ponto de vista, contribui muito nas
despesas que fazem”, salientou.
De acordo com o
sindicalista, a melhor maneira dos governantes ultrapassarem este problema pelo
menos em dois anos, é respeitar o critério da convergência instituida pela União
Económica e Monetária Oeste Africana(UEMOA), que passa pela redução dos
funcionários públicos de acordo com o número da sua densidade populacional.
“Mas porquanto no país, os
números dos funcionários no aparelho de Estado está acima de limite estipulado
pela UEMOA, o país continuará a contrair as dividas, e o prejudicado com essa
situação, será sempre o povo”, sustentou Yasser Turé.
O Conselho de Ministros aprovou com alterações na reunião realizada no passado
dia 09 do corrente mês, , a proposta do Orçamento Geral do Estado para o ano
económico 2022, com uma receita de 246, 255, 000 XOF, e uma despesa total
de igual montante, registando-se défice total de 67, 349 000 000
XOF.ANG/LLA/ÂC
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