Saúde “Aborto insegura é uma das principais causas de mais de 800 mortos
maternos que ocorrem todos os dias” diz relatório da UNFPA
Bissau, 13 Jul 22
(ANG) - O relatório sobre o estado da população mundial em 2022, divulgado hoje
pelo Fundo das Nações Unidas para a População, indicou que o aborto, de forma
insegura, é uma das principais causas de mais de 800 mortos maternos que
ocorrem, todos os dias, e que 60 por cento das gestações não planejadas acabam
por terminar em aborto.
O documento foi
apresentado pelo representante do Fundo da Nações Unidas para População(FNUAP),
Jocelyn Fernard por ocasião das celebrações do Dia Mundial da População,
assinalado segunda-feira(11), sob o lema: “Um mundo de 8 bilhões: Rumo a um
futuro resiliente e aproveitar oportunidades e garantir direitos e escolhas
para todos”.
Fernand referiu que a
população global chegará a 8 bilhões em Novembro, frisando que, este marco é um
momento de celebração.
“Reduzimos a pobreza
e alcançamos avanços incríveis na área da saúde. Globalmente a mortalidade
infantil e materna diminuiu. As pessoas estão vivendo vidas mais longas e
saudáveis”, disse.
Jocelyn Fernad
afirmou que a resiliência demográfica é proativa e enfatiza a importância de
antecipar e planejar mudanças demográficas e investir na capital ou seja na
educação, saúde, igualdade de gênero e acesso ao trabalho decente, por exemplo,
entre gerações.
Ao intervir no ato, o
ministro do Turismo e Artesanato, Fernando Vaz destacou que a pandemia da Covid-19
e a Guerra na Ucrânia puseram em causa as conquistas alcançadas no cumprimento
da ODS, em muitos países e que têm afetado, economicamente, a Guiné Bissau.
Fernando Vaz disse, citando dados do voluntariado
nacional, que a taxa da pobreza saiu de 76 por cento em 2010 para 62 por cento,
em 2019 e que a Covid-19 piorou a situação em 2020 empurrando essa taxa para 66
por cento.
A incidência da
pobreza nos agregados familiares chefiados por mulheres, segundo o ministro, é
de 50 por cento, inferior aos chefiados pelo homem 66 por cento.
Reiterou que a taxa
de mortalidade infantil ainda continua preocupante e representa um desafio para
o governo.
De acordo com o
governante, essa situação demonstra que entre os mais abrangidos, a crise
mundial nos países frágeis afeta mais as mulheres, raparigas e crianças, criando
a desigualdade de oportunidades e aumento de vulnerabilidades.
O coordenador do
Sistema das Nações Unidas na Guiné-Bissau, Anthony Ohemeng-boanah revelou que o
Dia Mundial da População celebra-se no país um dia antes da apresentação do relatório
voluntário, sobre os progressos alcançados da Agenda
2030 para o Desenvolvimento Sustentável.
Defendeu que os
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável é a melhoria das condições e do bem-estar
das populações, sem deixar ninguém para
trás.
O relatório do voluntário
nacional é um processo através do qual os países apresentam os progressos
nacionais alcançados na implementação da Agenda 2030.
Acrescentou que a Guiné-Bissau
adoptou esta agenda no seu plano nacional de desenvolvimento como parte de mecanismos
de revisão regulares e inclusivas do progresso nacional, dirigido e impulsionado
pelo governo, em colaboração com a sociedade
civil, o sector privado e os parceiros.
“Neste quadro o sistema da ONU no país
trabalhou em estreita colaboração com os parceiros nacionais, sob a coordenação
e liderança do governo através da Secretaria de Estado do Plano e Integração
Regional, na revisão regular inclusiva dos ganhos alcançados, e que servirão de
base do relatório sobre os progressos
dos ODS, que deverá ser apresentado esta semana no fórum político das Nações Unidas,
sob hospício do conselho económico da ONU”, disse.
Para Anthony Ohemeng-boanah
a sua apresentação demonstra que a Guiné
Bissau pretende reforçar o seu nível de desenvolvimento, assim como para que os parceiros reforcem a colaboração
para se alcançar os ODS.ANG/LPG/ÂC//SG
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