Ucrânia/
Alemanha autoriza venda de 100 obuses blindados
A
Ucrânia tinha feito o pedido de compra destes veículos de artilharia em Abril, segundo
fontes da empresa, que precisaram que receberam a necessária autorização do
Ministério da Economia alemão no passado dia 13 de Julho.
A
operação vai render 1.700 milhões de euros à KMW, o que quadruplica o volume de
entregas de armas para a Ucrânia até agora autorizadas, no valor de cerca de
600 milhões de euros, segundo o Der Spiegel.
A
Alemanha já forneceu vários lança-obuses do tipo “Panzerhaubitzen2000” à
Ucrânia, há algumas semanas, e treinou soldados ucranianos no seu território
para que estejam preparados a usá-los contra a invasão russa, mas o fabrico
destes veículos blindados ainda pode demorar alguns meses.
Kiev
tem censurado Berlim pela lentidão na entrega de armas à Ucrânia, uma questão
que causou fortes tensões entre o Governo alemão liderado pelo chanceler Olaf
Scholz e o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Na
passada segunda-feira, a Ucrânia confirmou a entrega dos três primeiros
veículos blindados antiaéreos “Gepard” de fabrico alemão, de um total de 15
destinados ao Exército ucraniano.
Os
“Gepard” também são fabricados pelo grupo KMW em cooperação com outras empresas
e destinam-se à protecção de colunas blindadas em movimento visadas por ataques
de helicópteros e aeronaves que voam a baixas altitudes, dia e noite.
No
final de Junho, a Alemanha confirmou o envio para a Ucrânia de sete veículos
blindados do tipo “Panzerhaubitze 2000” das Forças Armadas e outros cinco dos
Países Baixos.
Berlim
alertou, no entanto, que com estes fornecimentos, as Forças Armadas alemãs
atingirão o limite da sua capacidade, pelo que o restante apoio militar
previsto acontecerá através de empresas privadas.
Além
disso, a Alemanha está a participar em programas de “troca circular” para
substituir equipamentos de fabrico soviético entregues à Ucrânia por equipamentos
de outros países e está actualmente em negociações com a Polónia, Eslováquia,
República Checa e Grécia.
Nessas
trocas também têm sido registados atrasos sucessivos, como admitiu recentemente
a ministra dos Negócios Estrangeiros alemã, Annalena Baerbock, após críticas de
Varsóvia. ANG/Inforpress/Lusa
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