Administração pública/Governo e PNUD assinam acordo de implementação da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção no país
Bissau,24
Nov 22(ANG) – O ministro da Economia, Plano e Integração Regional defendeu que,
a transparência na gerência dos recursos públicos não é uma opção para quem governa
mas sim um imperativo da democracia representativa abraçada pela Guiné-Bissau
desde início da época de 90 do século passado.
José
Carlos Varela Casimiro falava esta quinta-feira, após a assinatura do acordo
para promover a transparência e responsabilização na governança na Guiné-Bissau.
O acordo
terá duas componentes importantes, nomeadamente o apoio à governança e à
implementação da estratégia de luta contra a corrupção. .
Para o
governante, a transparência deve continuar a presidir atuação de todos aqueles
que gerem bens e assuntos públicos.
Para o
efeito, Casimiro Varela diz que o Governo e demais entidades públicas devem criar
condições para que o povo não seja o mero destinatário das políticas públicas,
mas também um ator fundamental na sua concepção, execução e controlo.
"Estamos seguro de que, com
acompanhamento de Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e
com apoio do Governo de Japão, estaremos em condições de usar ferramentas que a
nova tecnologia de informação e comunicação nos oferece para melhorar a relação
entre o Estado e cidadãos”, referiu.
Aquele
responsável destacou que o apoio do Governo do Japão através do projeto
promovendo a transparência e a responsabilização na governança na Guiné-Bissau
está alinhado com as prioridades que o Governo inscreveu no plano nacional do
desenvolvimento "hora tchiga" e que se traduz na criação de condições
para que a população possa exercer um controlo social das decisões políticas
tomadas pelo Governo, no exercício da função governativa.
O
Representante residente do PNUD no país, Tjark Egenhoff, disse que o acordo assinado em parceria com o Governo guineense com
apoio financeiro do Japão visa tentar trazer mais transparência à Guiné-Bissau.
“A
ideia é apoiar os mais diversos esforços do Governo em trazer a transparência
para a administração pública, usando tecnologia e digitalização. Sabemos que os
processos digitais podem ser mais seguros e eficazes”, salientou.
Tjark
Egenhoff sublinhou que, uma vez criadas essas condições a Guiné-Bissau terá uma governação mais aberto ao escrutínio
público e melhores condições para aumentar a eficácia do Estado na satisfação
das necessidades, em termos serviço público, à população.
“Este
projeto tem como finalidade, entre outras, apoiar o Estado guineense na
construção do seu Instituto Tecnológico para a Modernização da Administração, o
denominado ITMA”, informou.
O
ITMA. diz o diplomata, ao serviço da ONU, será um Centro de excelência para a
Guiné-Bissau e que unirá todos os dados da administração pública.
“Queremos
auxiliar os esforços do Estado para modernizar seus quadros. Vamos acompanhar e
auxiliar os esforços junto do Fundo Monetário Internacional(FMI), para
modernizar a folha de pagamento e iremos trazer tecnologias para dentro dos
serviços públicos”, disse.
Disse
que o projeto irá também servir para a estruturação dos mecanismos necessários
para a implementação da estratégia, buscando sempre trabalhar no seu eixo de
prevenção.
O
objetivo de o projeto se alinhar com a estratégia nacional, segundo Tjark
visa aumentar os conhecimentos conectados com a
transparência e a integridade, prevenir e detectar os riscos de corrupção,
produzir e disseminar informação de qualidade e periódica sobre a corrupção e
trabalhar com as autoridades para se fazer cumprir as leis.
O
projeto foi financiado pelo Japão no valor de 282 milhões de ienes, cerca de 1, 3 mil milhões de francos CFA,
através da cooperação financeira não reembolsável.
ANG/MI/ÂC//SG
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