Turquia/Acordo sobre exportação de cereais prolongado por quatro meses
Bissau, 18 Nov 22 (ANG) - O acordo entre Moscovo e Kiev para a retirada de cereais da Ucrânia foi renovado durante mais quatro meses, anunciaram as autoridades ucranianas e turcas.
A Turquia foi o
mediador do acordo inicial em Agosto, com Recep Tayyip Erdogan a garantir
que este é um acordo essencial para a segurança alimentar no Mundo.
O acordo que permite a retirada de
cereais da Ucrânia através do Mar Negro foi renovado por quatro
meses. Antes da invasão por parte da Rússia, a Ucrânia era uma dos maiores
exportadores mundiais de cereais e a guerra veio abalar os mercados internacionais,
deixando numa situação precárias muitos países que dependiam destes cereais
para a farinha e derivados como diferentes rações de animais.
O acordo foi originalmente negociado em
Agosto entre Kiev e Moscovo com mediação da Turquia, com Recep Tayyip
Erdogan, Presidente turco a dizer hoje nas redes sociais que este continua a
ser um acordo essencial para restabelecer a segurança alimentar no Mundo.
Também o secretário-geral da
ONU, Antonio Guterres, que participou na mediação já felicitou o
prolongamento desta iniciativa, que continua a mostrar a importância da
diplomacia mesmo num contexto de conflito.
Este acordo já conseguiu fazer sair da
Ucrânia cerca de 11 milhões de toneladas de cereais e outros produtos agrícolas
dos diferentes portos do país. Cerca de 40% destes cereais foram encaminhados
para países em vias de desenvolvimento.
As negociações aceleraram-se nas últimas
semanas, já que o acordo original chegava ao fim nesta sexta-feira, havendo
ainda cerca de 10 milhões de toneladas de cereais nos celeiros ucranianos. Há
cerca d eum mês, a Rússia disse querer mesmo terminar o acordo, quando a
Crimeia foi atingida por artilharia ucraniana.
A Rússia quer que também os seus cereais
voltem a ser exportados, e apesar de esta categoria de bens alimentares não
estar incluída nas sanções internacionais, os riscos de exportar cereais russos
através do Mar Negro devido aos bombardeamentos, fizeram com que os armadores
deixassem de os transportar já que não conseguem apólices de seguro para estas
travessias.
Estas negociações serviram também para
enquadrar estas exportações russas, voltando a atrair o sector privado para
transportar estes produtos. ANG/RFI
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