Finanças/FMI prevê desembolso de 36,3 milhões de
dólares para a Guiné-Bissau
Bissau, 22 Nov 22 (ANG) – O
Fundo Monetário Internacional (FMI) vai apoiar as políticas económicas da
Guiné-Bissau no quadro do programa de Facilidade de Crédito Alargado de 36
meses com montante estimado em 36,3
milhões de dólares .
Um acordo para o efeito
acaba de ser anunciado pela equipa técnica do FMI em missão na Guiné-Bissau.
A informação consta num
comunicado à imprensa divulgada na
página oficial de facebook do Ministério das Finanças, à que a ANG teve acesso
esta terça-feira.
Segundo o documento, os objetivos de novo programa apoiado pelo FMI visa assegurar a
sustentabilidade da dívida, apoiando a recuperação económica e criando espaço orçamental
para apoiar um crescimento sustentável e inclusivo.
O comunicado assinala que continua a ser essencial uma gestão orçamental
robusta e transparente para reforçar a sustentabilidade macroeconómica e da
dívida, e que o programa de reformas estruturais focar-se-á na melhoria da
governação pública e na estabilidade e aprofundamento financeiros.
José Gijon chefiou uma
missão técnica do FMI para a Guiné-Bissau que negociou o referido programa que
já obteve um acordo do FMI mas que a sua aprovação final ainda depende da
decisão do Conselho de administração do Fundo.
A economia do país, segundo
o comunicado, está a recuperar gradualmente dos efeitos da pandemia de Covid-19,
mas refere-se que as repercussões da guerra na Ucrânia estejam a atrasar a
recuperação.
“Prevê-se um crescimento por
cerca de 3½% em 2022 e que inflação média fique acima de 7% à luz do impato
potencial dos crescentes preços do petróleo e bens alimentares que afetará
negativamente os mais vulneráveis”, lê-se na nota.
O comunicado refere inda que
a estratégia a médio prazo das autoridades centra-se em assegurar a
sustentabilidade da dívida, apoiando a recuperação económica e criando espaço
orçamental para apoiar um crescimento sustentável e inclusivo com base nas suas
prioridades-chave e considerando as significativas vulnerabilidades nacionais.
“Carece-se de uma gestão
orçamental sustentável para criar espaço orçamental para o muito necessário
investimento em desenvolvimento social (saúde e educação) e em infraestrutura,
preservando a sustentabilidade orçamental e da dívida, o que implica mobilizar
mais receita interna, mediante uma estratégia de receita credível e abrangente
e melhorando a qualidade e eficiência da despesa”, refere o comunicado.
A referida estratégia apela
ainda a uma melhor coordenação entre e dentro dos ministérios e agências
públicas, assim como a uma atenuação dos grandes riscos orçamentais
provenientes das despesas públicas.
O programa a médio prazo das
autoridades, segundo o comunicado, tem
também por objetivo a prossecução do seu programa de reformas estruturais,
incluindo potenciar as condições para maior diversificação económica, criação
de emprego e inclusão financeira.
“Prevê-se que o CFA ajude a
catalizar maior apoio financeiro dos parceiros de desenvolvimento, estimule o
investimento do setor privado e aumente o potencial de crescimento da economia,
sendo uma estratégia coerente para enfrentar as vulnerabilidades da governação
a chave do reforço da política económica e confiança empresarial”, salienta o
comunicado.
O novo Programa permitira
reformas críticas da governação o estabelecimento de uma Conta Única do
Tesouro, assim como a revisão do quadro da contratação pública para assegurar a
plena transparência dos contratos públicos adjudicados e ainda a execução da
revisão do regime de declaração de bens, uma vez aprovada pela Assembleia
Nacional Popular. ANG/DMG/ÂC//SG
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