sexta-feira, 18 de novembro de 2022

Dia Africano de Estatística/Governo prepara 2º recenseamento agrícola do país

Bissau,18 Nov 22(ANG) – O ministro da Economia, Plano e Integração Regional, revelou hoje que o Governo solicitou apoios do Fundo das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação(FAO), para dotar o Instituto Nacional de Estatística(INE) de recursos necessários para a realização do que será o 2º recenseamento agrícola no país, 68 anos após o primeiro.

José Carlos Varela Casimiro falava hoje no ato comemorativo do Dia Africano de Estatística que se assinala hoje, 18 de Novembro, sob o lema” Reforçar os Sistemas de Dados Modernizando a Produção e a Utilização de Estatísticas Agrícolas”.

O governante disse tratar-se de uma operação estatística de grande dimensão que aborda geralmente os temas, como a Estrutura das exportações agrícolas, a utilização de terras, rega, efetivos animais, máquinas agrícolas, mão de obra agrícola, caracterização dos produtores e agricultura biológica.

Esse novo senso sobre a agricultura tem como objetivos constituir um ficheiro sobre exportações agrícolas, apurar a caracterização da estrutura das exportações agrícolas, conhecer os sistemas de Produção, algumas práticas culturais, entre outros.

O 1º e o único Recenseamento Agrícola até então realizado na Guiné-Bissau é de 1954, época colonial, e decorreu sob auspícios de Amílcar Cabral, que  durante dois anos e meio, percorreu  o país de lês-a-lês.

Varela Casimiro salientou que a economia da Guiné-Bissau depende da agricultura e que aproximadamente 82 por cento da população são agricultores que vivem de exportação da castanha de caju.

O caju, diz o ministro, é o meio de subsistência da maioria das famílias guineenses, mas é também um obstáculo à diversificação da agricultura e da alimentação no país de 1,9 milhões de habitantes.

“Atualmente o rendimento de caju, satisfaz cerca de 70 por cento das necessidades das famílias”, disse

José Carlos Varela Casimiro sublinhou que, de acordo com o relatório de inquérito do Sistema de Acompanhamento da Segurança Alimentar(SISSAN), em Julho do ano em curso, 14,5 por cento das famílias sofriam de insegurança alimentar.

Acrescentou que as regiões mais afetadas foram as de Oio e Tombali, com taxas de insegurança alimentar superiores a 20 por cento.

A cerimónia comemorativa do Dia Africano de Estatística foi marcada igualmente com a apresentação do Estudo de Diagnóstico da Situação da Segurança Alimentar no país, por parte do Programa Alimentar Mundial(PAM). ANG/ÂC///SG



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