RDC/Força da África Oriental está
no país para "impor a paz"
Bissau, 22 Nov 22 (ANG) - O Presidente queniano, William Ruto,
afirmou segunda-feira, em Kinshasa, que foi atribuído um mandato à força
regional da África Oriental, destacada para o leste da República Democrática do
Congo, para "impor a paz" a grupos armados recalcitrantes.
"Há muitas tropas de manutenção da paz da Organização das
Nações Unidas nesta região, mas "pensamos que não há muita paz a
manter", disse aos repórteres após uma reunião com o seu homólogo
congolês, Felix Tshisekedi.
"É por isso que é
necessário ter um contingente de imposição da paz", acrescentou.
A Comunidade dos Estados
da África Oriental (EAC) decidiu criar uma força regional para tentar levar a
paz ao leste da República Democrática do Congo (RDCongo), que tem sido
flagelada pela violência de múltiplos grupos armados há quase 30 anos.
A força regional da EAC
ganhou impulso após um acordo alcançado por sete Estados-membros, embora a
actual crise diplomática entre RDCongo e Ruanda - depois de Kinshasa acusar
Kigali de apoiar os rebeldes -, tenha feito com que o Ruanda seja único país da
região a não integrar a força da EAC.
Espera-se que o Quénia
contribua com 900 soldados para a força, os primeiros dos quais já chegaram a
Goma, a capital do Kivu do Norte, que está sob ameaça de uma ofensiva dos
rebeldes do Movimento 23 de Março (M23).
"Os chefes de
Estado concordaram com o mandato desta força regional, que foi comunicado ao
Conselho de Paz e Segurança da União Africana e ao Conselho de Segurança das
Nações Unidas", disse William Ruto.
Este mandato serve para
"assegurar a paz no leste da RDCongo e impor a paz àqueles que querem
criar instabilidade e insegurança a todo o custo" na região, acrescentou.
ANG/Angop
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