Eleições legislativas/ Partidos
políticos se divergem quanto a manutenção ou não da atual direção da CNE
Bissau, 17 Nov 22
(ANG) – Alguns partidos politicos com assento parlamentar defenderam hoje a
reconfiguração da atual direção da Comissão Nacional de Eleições(CNE) antes da
realização de eleições legislativas antecipadas.
Em declarações à
imprensa, à saída da audiência de auscultação feita pelo Presidente da República
sobre possibilidade de adiamento das eleições legislativas marcadas para 18 de
Dezembro, o líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde(PAIGC)
disse que é preciso produzir consenso necessário para que haja uma CNE
credivél, legal com condições de acompanhar o processo.
“No ponto de vista do
PAIGC e da Plataforma Política do Espaço de Concertação dos Partidos
Democráticos, defendemos que, para estar alinhado com a lei existe
alguns princípios que devem ser observados”, salientou Domingos Simões Pereira.
Segundo o líder do
PAIGC, deve-se primeiro anular a data de 18 de Dezembro, e marcar a uma nova
data de eleições, a partir dessa nova data acertar ao restantes calendários
relacionados ao processo eleitoral, nomeadamente o recenseamento eleitoral.
Por isso, disse que é
preciso parar, para que os partidos
sejam convidados à produzir consenso necessário para que haja uma CNE
credível, legal com condições de acompanhar o processo.
Afirmou que esse
consenso politico pode ser alcançado através da Comissão Permanente da
Assembleia Nacional Popular.
O vice-coordenador do
Movimento para Alternância Democrática (MADEM-G15), Marciano Silva Barbeiro disse
que o estão disponivel para que as eleições sejam realizadas entre os dia 14 e
21 de Maio de 2023.
“Falamos com
Presidente da República sobre o processo de eleições, porque o país deve
realizar o escrutínio para renovar as suas estruturas democráticas”, disse
Silva Barbeiro.
Defendeu que é preciso organizar o proceso de forma conveniente
para permitir que o cidadão guineense com capacidade eleitoral seja resenseada
para poder exercer o seu direito cívico.
Quanto a atual direcção da CNE, disse que não há
nenhuma inconveniência que impeça a atual direção de dirigir o processo, porque
os membros da CNE foram eleitos pela plenária da Assembleia Nacional Popular, por
isso essa atual direção pode organizar eleições.
O Presidente em exercício do PRS disse que as
eleições já não podem ter lugar no dia 18 de dezembro, porque esse dia foi consumido.
Fernando Dias disse
que foram confrontados com a necessidade de confirmar se estão ou não de acordo
com a proposta indicatica de 14 de maio para a realização de eleições
legislativas antecipadas.
“Nós enquanto partido
politico, limitamos a dizer que a marcação da data não compete aos partidos e
que vamos estar de acordo com qualquer data a ser fixada pelo Chefe de Estado, porque
o essencial é oragnizar as eleições para que o país possa sair da situação
económica em que se encontra”,disse.
Fernando Dias disse que falou com o Presidente da República sobre a necessidade da renovar a direcção da CNE, por
estar numa situação de caducidade.
“Alertamos ao chefe
de Estado que, para fazer a correcção dessa situação para depois pensar na
organização das eleições, porque não se pode ir para eleições com a atual
estrutura da CNE”, disse.
Perguntado se essa
solução pode passar pela Comissão Permanente da ANP, Fernando Dias disse que
sim, porque ela é composta por diferentes partidos com assento parlamentar.
O Presidente do Partido
da Nova Democracia disse concordar para que as eleições sejam realizadas na
nova data indicativa de Maio, tendo em
conta o resenseamento eleitoral, e ainda para se evitar que o escrutinio coincida com o periodo de
jejum.
Questionado sobre a
situação da actual direção da CNE, Abás
Djaló disse que pode se organizar
eleições com esta configuração, porque a eleição da direção da CNE é feita pela
Plenária da ANP pelo que se deve confiar, mas também diz que não descarta a
possibilidade de se encontrar uma solução junto da Comissão Permanente da ANP
se assim se justificar.
“Dissemos ao Chefe de Estado que é preciso que as eleições sejam adiadas
para Maio, por forma a respeitar todos
os atos eleitorais”, disse o Presidente do Assembleia do Povo Unido(APU-PDGB),
Nuno Gomes Nabiam
Sobre a Comissão
Nacional de Eleições(CNE), o líder do APU-PDGB disse que é um assunto que deve
ser resolvido com calma, porque há instituição responsável por esta questão.
“Nós de APU-PDGB não
temos qualquer problema quanto a isso, mas como a ANP não está a funcionar, a Comissão
Permanente poderá dar-nos um impulso sobre o assunto”, disse Nuno Gomes Nabiam.
Perguntado se já tem garantias financeiras de parceiros
internacionais para o processo, disse que o Governo começou os trabalhos com os
recursos internos, mas que conta com ajuda de parceiros. ANG/LPG/ÂC//SG
Sem comentários:
Enviar um comentário