Política/"PRS decide abandonar Acordo de Incidência Parlamentar, talvez porque está a pensar numa nova aliança”, diz analista Diamantino Lopes
Bissau, 17 Nov 22
(ANG) - O analista político Diamantino Domingos Lopes disse que o Partido da Renovação Social (PRS) decidiu
abandonar o Acordo de Incidência Parlamentar firmado com o Madem G-15 e
APU-PDGB,neste momento, “talvez porque está a pensar numa nova aliança”.
Diamantino Lopes disse
ser uma decisão contextual e que,
analisando o contexto atual, dá para perceber que as relações do PRS com
partidos que agora estão no Governo, oficialmente, não são boas, apesar de os
renovadores terem ainda alguns dos seus dirigentes no actual Executivo.
"Partimos do
princípio de que não é uma decisão do próprio partido, é uma decisão individual, porque o Presidente
da República dissera que este Governo não é dos partidos políticos, mas sim de iniciativa presidencial e que convidou
quem achar conveniente para o integrar”, sublinhou.
Diamantino Lopes
referiu que o Presidente em exercício do
PRS e algumas figuras da sua formação política recusaram tomar posse, alegando
haver violação de certos acordos evidenciadas com mundança de pastas, mas que, em consequência,
outros dirigentes do mesmo partido, a titulo indivídual, aceitaram preencher as
vagas dos que não tomaram posse. “A partir daquele momento, oficialmente, o PRS
não está no Governo”, disse.
Lopes sublinhou que
esta decisão não parece ter grandes
repercursões, apesar de o PRS ser um partido muito importante no xadrez
político guineense.
Acrescenta que as repercursões seriam sentidas se os dirigentes dos renovadores que estão no Governo tivessem
decidido abandonar o barco, casos da
ministra da Educação Nacional, do ministro da Energia e Recursos naturais, do ministro das
Pescas e outros.
Considerou o momento
político interessante e diz que o dicurso do Presidente em exercício do PRS faz
todo o sentido, apesar de ter uma certa carga de incoerência para quem quer analisar
o contexto.
Aquele analista
político salientou que os renovadores estão, há muitos anos, neste processo e
que essa decisão valeria para o país, uma vez que é necessário vozes que
alertam sobre problemas que acontecem no país, independentemente de estar ou
não dentro da estrutura governamental.
"Podemos dizer
que ele está fora da estrutura neste
momento por isso está a reclamar. Contudo, essa reclamação é uma mais valia,
porque constitui um grito de socorro em que se referiu a muitas situações nomeadamente do tráfico de drogas, da corrupção, do suposto golpe de Estado de 01 de
Fevereiro entre outras denúncias.
Para Dianantino Lopes,
dizer que o PRS não é também responsável pelo o que está a passar é muita “incoerência”
da parte do seu Presidente em exercício, “porque estão lá desde o momento em que
Presidente da República derrubou o Governo de Aristides Gomes”.
“Fernando Dias devia
ter a humbriedade de assumir a sua participação e reconhecer os erros cometidos
para depois posicionar doutra forma”, disse o analista Diamantino Lopes. ANG/MI/ÂC//SG
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