terça-feira, 29 de novembro de 2022


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/Detidos no caso da tentativa de golpe de Estado já estão a ser ouvidos

Bissau, 29 Nov 22 (ANG) - O juíz de instrução do Tribunal de Primeira Instância começou esta segunda-feira a interrogar alguns dos militares das Forças Armadas indiciados no assalto ao quartel-general do Exército são-tomense.

total, segundo o bastonário da Ordem dos Advogados de São Tomé e Príncipe, Wilfred Moniz, disse em declarações à RFI, há 17 pessoas detidas neste caso e só no sábado os detidos tiveram acesso aos seus advogados.

"Só tivemos acesso aos detidos a partir do sábado, depois de serem conduzidos do quartel-general para a Polícia Judiciária onde permanecem até ao momento, a partir daí tivemos os contactos directos com eles e aí já não houve tantas violações. Aquilo que aconteceu no quartel já não se verificou, mas estamos preocupados ainda com algumas violações dos direitos, liberdades e garantias destes cidadãos", declarou Wilfred Moniz.

Os interrogatórios vão prosseguir prevendo-se que terminem com as audições de todos os envolvidos. As instituições de investigação, nomeadamente a Polícia Judiciária e o Ministério Público continuam os seus trabalhos no âmbito das suas competências de investigação. No total, há 17 detidos, muitos deles militares de baixa patente e também Delfim Neves, antigo presidente da Assembleia Nacional.

"Neste momento as pessoas já estão a ser conduzidas para o juíz de instrução par aa legalização da detenção e aplicação de medidas de coação. Já ouviram cinco pessoas e faltam mais 12 pessoas para serem ouvidas", esclareceu o advogado.

A Ordem dos Advogados está a representar grande parte destes detidos, denunciando que muitos deles "nem sequer têm um mandato de detenção" e questionando assim a sua detenção. ANG/RFI

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