Angola/PGR confirma mandado de
Captura Internacional contra Isabel dos Santos
Bissau, 29 Nov 22 (ANG) - A Procuradoria-Geral da
República de Angola, Hélder Pitta Grós promete avançar com o processo contra
Isabel dos Santos e garantiu que a Justiça angolana vai em frente, mesmo que a
empresária não preste declarações no âmbito do mandado de detenção
internacional pedido pelas autoridades de Angola.
O procurador-geral da república admitiu
ainda que, depois de várias tentativas, não conhece o paradeiro de Isabel dos
Santos. “Da parte do Ministério Publico houve uma série de diligências
no sentido de que fosse notificada e tivesse conhecimento do que se
passava”, afirmou Pitta Grós que confirmou que foi emitido no início
do mês um mandado de captura internacional e que as autoridades angolanas estão
a trabalhar com a Interpol na localização de Isabel dos Santos.
“Os mandados de captura internacional são
sempre entregues à Interpol. Aqui em Angola temos uma representação da
Interpol e foi essa representação que fez seguir toda a tramitação
necessária até à sede da Interpol que, a partir daí, vai disseminar por todos
os países que fazem parte da organização", acrescentou o procurado
Helder Pitta Grós.
Questionado sobre a disponibilidade de
Isabel dos Santos para prestar esclarecimentos, o Procurador-Geral da República
respondeu que "nunca soube alguém que tivesse prestado declarações através
das redes sociais, seria o primeiro caso. Se ela está disponível, então ela que
diga o sítio concreto onde está e nos podemos mandar uma cara rogatória para
esse país para ela ser ouvida. Na Holanda aconteceu isso, não aceitou, não sei
onde estará essa disponibilidade”, concluiu o PGR.
Hélder Pitta Grós afirmou ainda que a
investigação ao antigo vice-Presidente angolano Manuel Vicente é um processo
que “vai ser trabalhado de forma normal” depois de ter
terminado o período de imunidade legal. Manuel Vicente esteve protegido durante
cinco anos por ter sido titular de um cargo público.
O magistrado adiantou, ainda, que a Procuradoria-Geral da República está a elaborar o relatório final sobre a estratégia de combate à corrupção nos últimos cinco anos e deve divulgar, no início do próximo mês um balanço da recuperação de activos.ANG/RFI
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