Líder
do PAIGC considera que momento deve servir de virar da página para desenvolver
o país
Bissau, 10 mar 19 (ANG) – O
líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), considerou
hoje que estas eleições são mais do que um simples cumprimento do dever de um
cidadão, mas um momento de mudança em que a democracia é o império da lei.
Domingos Simões Pereira falava
hoje à imprensa após exercer o seu direito de voto.
Disse que este é o sentimento
que o anima e a esperança que tem, salientando que como representante do PAIGC,
tem obrigação de acreditar sempre na vitória.
“Há um sentimento especial em
relação a estas eleições ou seja a adesão do povo a visão estratégica do
partido e a convocação que foi feito ao povo guineense no sentido de virarmos a
página e começar um novo percurso, um percurso fresco que não só honre os
guineenses, mas que cria condições para que o amanhã seja de facto bom”,
desejou.
Para Simões Pereira todos os
cidadãos juntos como uma Nação serão capazes de tirar o país na situação em que
se encontra, frisando que, como democrata, se a lei for bem observada vão
aceitar o resultado das eleições como sempre fizeram.
Respondendo a questão dum
jornalista sobre a maior apreensão da droga tida no país e se for simbólico
acontecer na semana das eleições, Simões Pereira disse que não só foi emblemático,
como mostra o grau de urgência de resgatar a Guiné-Bissau e impor a lei do
respeito à dignidade.
“Todos guineenses quando ouvem
este tipo de notícias, sentem algo lá no fundo ou seja um misto de vergonha e
ao mesmo tempo de raiva, porque 99 por cento dos guineenses nunca viu drogas e
estamos a ver os nossos nomes continuamente associados à questões desta
natureza. Isso deve ser um dos factores para que renasça uma nova oportunidade
de limpar a nossa imagem sobre isso”, vincou Simões Pereira.
No seu
discurso, no último comício da campanha eleitoral, Domingos Simões Pereira
disse que, pela primeira vez, na história da democracia guineense, uma crise
política foi resolvida por meios exclusivamente democráticos.
Simões
Pereira insistiu na necessidade de uma
vitória clara do partido, no domingo, sem nunca referir a maioria qualificada.
"Não
lhe devemos dar oportunidades de fazer o que fizeram" ao "impedir um
governo legítimo de governar", disse Domingos Simões Pereira.
"Dia
10 é dia de julgamento e o povo vai julgar os partidos que não quiseram estas
eleições e eles vão receber a sentença do povo guineense", disse o líder
partidário. ANG/MSC/AC//SG
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