Política/Presidente Sissocó nega
que esteja a auferir USD 100 mil de salário
Bissau, 04 Ago 20 (ANG)
- O Presidente , Umaro Sissoco Embaló, negou segunda-feira estar a receber 100 mil dólares
mensais, como salário, como denunciou o líder do Partido Africano da
Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira.
A partir de Portugal, onde se encontra desde o início da pandemia do novo coronavírus e através de um vídeo nas redes sociais, o líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, acusou Sissoco Embaló de ter aumentado o salário mensal de Presidente da República de cerca de 30 mil dólares para 100 mil dólares.
Simões Pereira disse ser
inadmissível que a Guiné-Bissau, um dos países mais pobres do mundo, tenha o
Presidente a ganhar um salário superior ao do seu homólogo dos Estados Unidos
de América, que afirmou aufere cerca de 24 mil dólares mensais.
No mesmo vídeo, Domingos
Simões Pereira defendeu que o primeiro-ministro da Guiné-Bissau recebe um
salário mensal equivalente a 60 mil dólares.
Embaló aproveitou as declarações
aos jornalistas segunda-feira no Palácio da Presidência, onde recebeu a
representante do secretário-geral das Nações Unidas, na Guiné-Bissau, para contrariar
as acusações de Simões Pereira, com quem
disputou a segunda volta das últimas eleições presidenciais, em Dezembro
passado.
Sissoco Embaló afirmou
que nenhum chefe de Estado guineense auferiu um salário mensal superior a três
mil dólares, mas que até gostaria de ter recursos suficientes para pagar ao
Presidente da República 100 mil dólares mensais.
O chefe de Estado
convidou Domingos Simões Pereira a regressar ao país "para se ocupar do
seu partido, fazendo oposição construtiva" e preparar-se para daqui a
cinco anos disputar novas eleições presidenciais, disse.
Embalo notou que já é o
Presidente da Guiné-Bissau, eleito pelo povo, e que a campanha política já
terminou, pelo que, convida todos os políticos do país a abraçarem a ideia da
concórdia nacional que lançou.
Embaló afirmou ser
"uma vergonha" que a Guiné-Bissau seja um país independente há cerca
de 50 anos, mas que não tem estradas em condições.
Pediu aos guineenses que lhe concederem um ano de mandato para construir, pelo menos, 200 quilómetros de estradas alcatroadas.ANG/Angop
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