Itália/Começa julgamento do colapso
da ponte de Génova
Bissau, 07 Jul 22 (ANG) - A
Itália começou a julgar, esta quinta-feira, 59 pessoas, incluindo vários
empresários acusados de responsabilidade no colapso da ponte Morandi, em
Génova, em 2018, que provocou a morte de 43 pessoas na altura.
Foi a 14 de Agosto de 2018, às 11H36 locais, sob forte
chuva, que uma parte da ponte Morandi desabou, arrastando veículos e passageiros.
Quarenta e três pessoas morreram, incluindo quatro crianças.
A tragédia revelou o péssimo estado das
infraestruturas de transportes e a empresa Autostrade per l'Italia foi acusada
de não ter feito a manutenção adequada da ponte.
A investigação judicial concluiu que "entre
a inauguração da ponte, em 1967, e a queda, 51 anos depois, não foram
realizadas intervenções mínimas para reforçar o pilar número nove".
Vários advogados de defesa contestam o relatório e poderão pedir a sua anulação
e reclamar um novo.
Em Fevereiro, um dos procuradores, Walter Cotugno,
disse que a ponte "era uma bomba-relógio" e que não há dúvidas
de que os directores da Autostrade e da sua filial Spea, responsável pela
manutenção, "tinham consciência do risco de um colapso", mas
não financiaram novas obras para "preservar os lucros dos
accionistas".
A maioria dos arguidos são directores e técnicos, nomeadamente o
então CEO da Autostrade, Giovanni Castellucci, que se aposentou em 2019 com uma
indemnização de 13 milhões de euros, e o ex-diretor da Spea Antonino Galata,
assim como funcionários do ministério das Infra-estruturas.
O julgamento deverá durar mais de um ano e acontece na maior sala
do tribunal de Génova, na presença de familiares das vítimas.
No exterior, foi criada uma infra-estrutura com ecrãs para o público poder assistir às audiências. ANG/RFI
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