UE/República Checa assume desde hoje e durante 6 meses a presidência rotativa
Bissau, 01 Jul
22 (ANG) - A seguir à França que concluiu quinta-feira a sua presidência
rotativa da União Europeia, esta sexta-feira é a vez da República Checa assumir
a chefia dos 27 para os próximos 6 meses.
Depois de já ter assumido uma primeira vez esta responsabilidade em 2009, Praga retoma o leme da União Europeia em pleno contexto de guerra no continente, colocando a Ucrânia no centro das suas preocupações.
Durante uma pequena cerimónia simbólica
organizada em Madrid depois do fim da cimeira da NATO, o Presidente francês
passou o testemunho ontem ao Primeiro-ministro checo. Ao dar por terminada a
sua presidência rotativa da União Europeia, Emmanuel Macron especificou que
tinha envidado esforços nos últimos dias da sua liderança dos 27 em tentar
avançar nos preparativos da abertura de negociações com a Macedónia do Norte
com vista à sua adesão ao bloco.
Os pedidos de adesão de alguns países dos
Balcãs à União Europeia são uns dos dossiers que a República Checa fez seus
para a presidência que inicia hoje e que decorre até ao fim do ano. Contudo é o
contexto de crise vivenciado pela Europa, a guerra na Ucrânia, o apoio aos
refugiados e à reconstrução do país depois da guerra, assim como a segurança e
diversificação energética que o Primeiro-ministro
checo Petr Fiala elegeu como as prioridades da sua presidência
rotativa.
Neste sentido, o chefe do governo checo
que marca este primeiro dia de liderança dos 27 com uma reunião com os
comissários europeus, disse desde já que pretende organizar uma cimeira em
Praga sobre a Ucrânia na perspectiva de propor um ‘plano Marshall' para esse
país.
Petr Fiala que foi dos primeiros
governantes estrangeiros a deslocar-se a Kiev depois do início da
invasão russa, tem sido a nível europeu dos mais firmes apoiantes de
sanções contra a Rússia. Com um pouco mais de 10 milhões de habitantes, o seu
país acolheu até ao momento cerca de 400 mil refugiados ucranianos desde o
começo do conflito e tem fornecido ajuda financeira e militar a Kiev.
Menos
eurocéptico do que os seus antecessores, o governo de direita
de Petr Fiala não deixa de ser próximo de países como a Hungria
e a Polónia assumidamente avessos às regras fixadas por Bruxelas em termos de
respeito pelas liberdades individuais. Paralelamente, de acordo com uma
sondagem realizada em Março no país, apenas 36% da população checa tem uma
opinião positiva da União Europeia.ANG/RFI
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