sexta-feira, 1 de julho de 2022

UE/República Checa assume desde hoje e durante 6 meses a presidência rotativa

Bissau, 01 Jul 22 (ANG) - A seguir à França que concluiu quinta-feira a sua presidência rotativa da União Europeia, esta sexta-feira é a vez da República Checa assumir a chefia dos 27 para os próximos 6 meses.

Depois de já ter assumido uma primeira vez esta responsabilidade em 2009, Praga retoma o leme da União Europeia em pleno contexto de guerra no continente, colocando a Ucrânia no centro das suas preocupações.

Durante uma pequena cerimónia simbólica organizada em Madrid depois do fim da cimeira da NATO, o Presidente francês passou o testemunho ontem ao Primeiro-ministro checo. Ao dar por terminada a sua presidência rotativa da União Europeia, Emmanuel Macron especificou que tinha envidado esforços nos últimos dias da sua liderança dos 27 em tentar avançar nos preparativos da abertura de negociações com a Macedónia do Norte com vista à sua adesão ao bloco.

Os pedidos de adesão de alguns países dos Balcãs à União Europeia são uns dos dossiers que a República Checa fez seus para a presidência que inicia hoje e que decorre até ao fim do ano. Contudo é o contexto de crise vivenciado pela Europa, a guerra na Ucrânia, o apoio aos refugiados e à reconstrução do país depois da guerra, assim como a segurança e diversificação energética que o Primeiro-ministro checo Petr Fiala elegeu como as prioridades da sua presidência rotativa.

Neste sentido, o chefe do governo checo que marca este primeiro dia de liderança dos 27 com uma reunião com os comissários europeus, disse desde já que pretende organizar uma cimeira em Praga sobre a Ucrânia na perspectiva de propor um ‘plano Marshall' para esse país.

Petr Fiala que foi dos primeiros governantes estrangeiros a deslocar-se a Kiev depois do início da invasão russa, tem sido a nível europeu dos mais firmes apoiantes de sanções contra a Rússia. Com um pouco mais de 10 milhões de habitantes, o seu país acolheu até ao momento cerca de 400 mil refugiados ucranianos desde o começo do conflito e tem fornecido ajuda financeira e militar a Kiev.

Menos eurocéptico do que os seus antecessores, o governo de direita de Petr Fiala não deixa de ser próximo de países como a Hungria e a Polónia assumidamente avessos às regras fixadas por Bruxelas em termos de respeito pelas liberdades individuais. Paralelamente, de acordo com uma sondagem realizada em Março no país, apenas 36% da população checa tem uma opinião positiva da União Europeia.ANG/RFI

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