segunda-feira, 14 de novembro de 2022

   EUA/ONU pede "urgência" para melhorar situação humanitária em Tigray

Bissau, 14 Nov 22 (ANG) - O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu domingo às partes envolvidas no conflito na região de Tigray, na Etiópia, "urgência" na aplicação do acordo alcançado para restabelecer os trabalhos humanitários na zona.

Através do seu porta-voz, Guterres pediu aos dois lados para que traduzam rapidamente os seus compromissos "em melhorias concretas para os civis no terreno", o que deve incluir a aceleração do acesso humanitário e o restabelecimento de serviços essenciais.

O porta-voz, Stéphane Dujarric, disse que a ONU dá as boas-vindas ao acordo alcançado no sábado e reitera que quer apoiar o processo.

Os rebeldes e as autoridades federais da Etiópia anunciaram no sábado que aceitaram "acesso humanitário a todos os que precisam" na região de Tigray, em guerra há dois anos.

O anúncio foi feito em conferência de imprensa após conversações em Nairobi, capital do Quénia, sobre a aplicação do acordo de paz assinado no início do mês em Pretória, nomeadamente sobre o desarmamento das forças rebeldes, o restabelecimento da autoridade federal na região e o encaminhamento de ajuda.

O acordo, que foi assinado pelo marechal Berhanu Jula, chefe de estado-maior das Forças Armadas etíopes (ENDF), e pelo general Tadesse Worede, comandante das forças rebeldes de Tigray, prevê "um acesso humanitário a todos os que precisem".

A medida terá "efeitos imediatos", explicou o antigo presidente nigeriano Olusegun Obasanjo, enviado especial da União Africana.

O conflito em Tigray começou em Novembro de 2020, quando o primeiro-ministro etíope, Abyi Ahmed, enviou elementos do exército federal para prenderem dirigentes da região que contestavam a sua autoridade há meses e que eram acusados de ter atacado bases militares federais.

Desde o início da guerra, a região de Tigray sofreu "um bloqueio humanitário de facto", segundo a ONU, o que levou a uma crise duma dimensão ainda desconhecida devido à ausência de rede de telecomunicações e às restrições de acesso impostas pelo Governo etíope.

O conflito provocou milhares de mortos e cerca de dois milhões de deslocados.ANG/Angop

 

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