quarta-feira, 14 de junho de 2017

África do Sul



                                Ex-combatentes apoiam Dlamini Zuma

Bissau, 14 Jun 17 (ANG) – A Associação dos Veteranos Militares do Mkhonto WeSizwe (MKMVA), depois da Liga das Mulheres e da Juventude do ANC, manifestou em Joanesburgo “total apoio” a uma eventual candidatura de Nkosazana Dlamini-Zuma à presidência do Congresso Nacional Africano (ANC).

O  partido que governa na África do Sul  escolhe o seu próximo líder na conferência marcada para Dezembro deste ano.

“Os órgãos do ANC são os que decidem sobre quem vai ser o presidente do partido. Respeitamos o vice-presidente Cyril Ramaphosa como um dos líderes da organização, mas a nossa preferência para suceder ao presidente Jacob Zuma é Nkosazana Dlamini-Zuma”, declarou o presidente da MKMVA, Kebby Maphatsoe, à margem da 5.ª conferência eleitoral da associação, realizada em Ekurhuleni, a Leste de Joanesburgo.

Os membros desta organização, acrescentou, estão confiantes que as estruturas do mais antigo movimento de libertação em África vão eleger Nkosazana Dlamini-Zuma para o cargo de presidente do ANC.

Em Janeiro deste ano, a Liga das Mulheres do ANC abriu a corrida à sucessão de Jacob Zuma e defendeu que a sua ex-esposa, Nkosazana Dlamini-Zuma, deve ser a futura líder do partido e candidata à Presidência do país em 2019.
 “Ela é uma figura de liderança no ANC”, disse a presidente da Liga das Mulheres do ANC, Bathebile Dlamini, ao justificar o apoio a antiga presidente da Comissão da União Africana.

Além da Liga das Mulheres e da Associação de Veteranos, também a Liga da Juventude do ANC e os ministros de pelo menos três das nove províncias já manifestaram apoio à candidatura.

Nkosazana Dlamini-Zuma tem 67 anos e durante o Governo de Nelson Mandela foi ministra da Saúde. De 1999 a 2009, no Governo do então Presidente Thabo Mbeki, ocupou o cargo de ministra das Relações Exteriores e, em seguida, até 2012, foi ministra do Interior do Governo de Jacob Zuma.

Analistas afirmam que a sua experiência pode ser uma mais-valia para o ANC. “Esta é a vantagem que ela tem sobre qualquer outro candidato: é leal ao ANC, tem desempenhado altas posições e importantes cargos ministeriais. É conhecida dentro do próprio partido e no seio da população e não tem sido envolvida nos escândalos políticos recentes, já que ocupa um cargo na União Africana”, afirma o jornalista e editor do “Mail & Guardian” na África do Sul, Phillip Wet. Para jornalista, o facto de ter sido esposa de Jacob Zuma não é um empecilho para a candidatura, pois Nkosazana “é vista como uma mulher independente e isso pode ser uma vantagem decisiva”, argumenta.

Entretanto, na 5.ª conferência da MKMVA, o presidente cessante do ANC, Jacob Zuma, apelou aos veteranos para consolidarem a unidade nacional e mobilizarem a sociedade. “Devemo-nos unir e purificar as fileiras. Vimos nos últimos dias a mobilização da sociedade civil contra o ANC e a sua liderança e alguns de nós caíram nesta manobra. Juntaram-se a estes grupos, para aparecerem como intelectuais e vozes da moral”, afirmou o também Chefe do Estado.

Jacob Zuma advertiu que “os que tomaram parte nestas campanhas para destruir o ANC estão a comportar-se de maneira anti-revolucionária” e desafiou os antigos guerrilheiros para mobilizarem e se envolverem com o povo, com vista a permitir que o partido continue a desenvolver a sua capacidade. ANG/JA

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