Faure Gnassingbé substitui
Alpha Condé na mediação da crise guineense
Bissau,21 Jun 17(ANG) - O Presidente do Togo, Faure
Essozimna Gnassinbgé, foi convidado a mediar a crise política e institucional
que há três anos assola a Guiné-Bissau, anunciou em Lomé o representante
especial da Organização das Nações Unidas (ONU) na Guiné Bissau, ModiboTouré,
noticiou terça-feira, o Jornal de Angola.
Faure Essozimna Gnassingbé |
“Contamos com o Presidente Faure Gnassingbé para
poder dar o seu apoio em termos de mediação à crise política e institucional
neste país”, disse o diplomata no final de uma visita à capital togolesa.
Eleito presidente em exercício da Comunidade
Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) a 4 de Junho, o Chefe do
Estado togolês substitui o antecessor, Alpha Condé, na difícil missão de
intervir em diversas crises que abalam a sub-região oeste-africana.
Uma missão do Comité de Sanções das Nações Unidas
esteve na semana passada em Bissau para saber da evolução política do país e
obter informações sobre as sanções impostas depois do golpe militar de 2012
pelo Conselho de Segurança da organização.
Além de oficiais militares alvo de sanções
internacionais, a delegação da ONU manteve encontros com o Chefe de Estado, o
presidente do Parlamento, membros do Governo, dirigentes dos partidos com
assento parlamentar e organizações da sociedade civil.
A missão da ONU efectuou também um encontro de
trabalho com o chamado “P5”, o Fórum que junta os representantes no país do
Secretário-Geral da ONU, da Comunidade Económica dos Estados da África
Ocidental (CEDEAO), da União Africana, da CPLP e da União Europeia.
Em Maio, o Conselho de Segurança da ONU manifestou
preocupação com a prolongada crise política e institucional na Guiné-Bissau e
pediu ao presidente do país, José Mário Vaz, para nomear um novo
primeiro-ministro, em cumprimento do Acordo de Conacri.
O Acordo de Conacri, patrocinado pela CEDEAO, prevê
a formação de um Governo consensual integrado por todos os partidos
representados no Parlamento e a nomeação de um primeiro-ministro de consenso e
da confiança do Chefe de Estado.
A ONU pediu aos políticos guineenses para colocarem
o interesse do povo em primeiro lugar e exigiu para “respeitarem o
compromisso de trazer estabilidade” ao país com um “diálogo genuíno,
inclusivamente sobre a revisão Constitucional”.
ANG/Jornal de Angola
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