“É extemporâneo
manter sanções a militares”, diz Primeiro-ministro

“Penso que as sanções são extemporâneas. Os militares compreenderam a mensagem da comunidade internacional, que não há espaço para golpes de Estado. A minha opinião é de que as sanções deviam acabar, porque os militares deram um bom exemplo”, disse Umaro Sissoco Embaló, que falava aos jornalistas no final de um encontro com o presidente do Comité de Sanções da ONU, Elbio Roselli.
Nas declarações aos jornalistas, Umaro Sissoco Embaló explicou também que a vista do Comité de Sanções da ONU “é normal”.
“Quando as pessoas estão sob sanções, de vez em quando, é preciso visitá-las e contactá-las. É como um médico que visita um doente para ver se está melhor ou não, para receber alta”, exemplificou.
O primeiro-ministro guineense destacou também que as Forças Armadas do país “estão a demonstrar maturidade”, apesar de existirem “políticos que os quisessem instrumentalizar outra vez”.
“Se tivessem dado ouvido aos políticos, tinham caído numa asneira outra vez”, salientou.
O presidente do Comité de Sanções das Nações Unidas, Elbio Roselli, chegou na terça-feira à Guiné-Bissau para analisar o impacto das sanções impostas a vários militares guineenses, em 2012, e a evolução da situação política no país.
Em maio de 2012, na sequência do golpe de Estado, o Conselho de Segurança da ONU aplicou sanções aos responsáveis envolvidos na alteração da ordem Constitucional, nomeadamente o general António Indjai, general Mamadu Turé, general Estevão Na Mena, general Ibraima Camará e o tenente-coronel Daba Naualma.
ANG/Lusa
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