Acto puramente jurídico e legal, defende Ministério
Publico
Bissau,22 Jun 17
(ANG) – O Ministério Público (MP) defendeu quarta-feira que a detenção do
comandante Manuel dos Santos se baseou num acto “puramente jurídico e legal”.
Em nota a imprensa, a
que a ANG teve acesso o MP acrescentou que Manuel dos Santos foi acusado de “um
dos crimes mais grave existentes”, a de alteração de estado de direito
democrático, pelo que a Procuradoria-Geral da república se viu obrigada a posicionar
para salvaguardar a paz e tranquilidade sociais.
“E um procedimento
rotineiro e normal nos crimes desta natureza”, escreve a nota adiantando que ao
suspeito foi concedido todos os meios de defesa, respeitando o princípio do
contraditório. “E, assim continuará até a conclusão do processo em causa”,
garante o documento do MP.
Segundo o MP, Manecas
dos Santos não compareceu a uma audiência, tendo sido representado pelo seu
advogado munido de um atestado médico assinado por um profissional que “não era
da área” da patologia constante no referido documento e, pelo que o Magistrado
titular do processo respeitou e permitiu que o suspeito seja internado na “clinica
Madrugada”.
Após uma semana,
prossegue a nota explicativa do MP, recebeu a alta médica e este facto foi
comunicado pelo médico ao magistrado responsável do processo que emitiu o
mandado de detenção, executado pela polícia judiciaria para ser ouvido, acautelando-se
assim de quaisquer tentativa de fuga ou de simulação.
Segundo a nota da instituição
detentora da acção penal, Manuel dos santos teria afirmado, em entrevista ao
jornal português “Diário de Notícias”, o país está na eminência de um golpe de
Estado, adiantando condições objectivas para sua materialização.
Por, isso, prossegue
a nota, foi notificado na qualidade de denunciante para colaborar e elucidar
sobre a autoria e a materialidade do facto por ele anunciado.
No entanto, segundo o
comunicado, o ex-combatente de liberdade da pátria não conseguiu provar nada.
Ou seja, “estaria a insinuar e a simular a eminência de um crime que na
realidade não existe”.
Neste processo em que
Manuel dos Santos figura como denunciante, conforme o comunicado, ficou
arquivado por falta de elementos probatórios e em consequência foi instaurado
um outro processo que está indiciado de simulação de crime.
ANG/LPG/ÂC/JAM
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