PAIGC condena detenção de Manuel dos Santos
Bissau, 20 Jun 17 (ANG) – O
Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) condenou com
veemência a detenção de Manuel dos Santos e considera de humilhante e
vergonhoso o comportimento do actual regime que pretende governar a Guiné-Bissau na base de uma ditadura,
quando esgrime a sua fúria em direcção a quem merece respeito e consideração.
Em comunicado à imprensa à
que Agência de Notiícias da Guiné teve hoje acesso, o Secretariado Nacional do
PAIGC alega que Manuel dos Santos não cometeu nenhum crime de lesa pátria, apenas,
como cidadão, expressou numa entrevista o seu ponto de vista pessoal sobre a
actual situação política que o pais
enfrenta e que segundo ele, “o país está na eminência de um golpe de Estado se a situação prevalecer”.
No documento assinado pelo
Secretário Nacional do PAIGC, Aly Hijazi
o Presidente da República é acusado de
estar por trás da acção do Ministério Público.
Porque, segundo a nota, após
o seu regresso da cimeira da Comunidade
Económica dos Estados África Ocidental (CEDEAO)
de Monróvia e da pressão do Conselho de Segurança, “sentindo que não tinha mais espaço para
continuar a manobrar, o chefe de Estado instruiu o Procurador-geral para acusar imediatamente alguns processos
cujos supostos “suspeitos” já estavam bem referenciados ou seja todos os que
tinham ligação directas e de responsabilidade no PAIGC”.
O comunicado dos libertadores
informa que na sequência desta instrução o Ministério Publico acusou provisoriamente
na semana passada os processos de João Bernardo Vieira e de Ildefonso de Barros, sendo que o mesmo tentou
várias vezes investigar sem sucesso os processos e até foram substituídos procuradores, sem que nenhum conseguisse ao
menos formular acusação que pudesse fazer avançar os mesmos para os tribunais.
O PAIGC denuncia alegada
existência de fortes pressões neste momento da parte do Presidente da República
para que ex-ministro da Economia e Finanças, Geraldo Martins seja igualmente
acusado pelo Ministério Publico.
Por isso, o PAIGC condena “este
plano maquiavélico, ilegal e abusivo que visa amordaçar a verdade e os mais
elementos direitos fundamentais do cidadão em nome de interesses obscuros e mesquinhos
que estão sendo levados a cabo pelo Presidente da República”.
Neste sentido o partido
alerta a comunidade internacional para os perigos desta “deriva ditatorial” que
roça a ignorância, vingança e a barbárie numa lógica as origens com o advento
da sua primeira convenção nacional.
O PAIGC alerta os seus
dirigentes e militantes para com estas manobras previamente desenhada pelos
seus adversários que visam fragilizar a direcção e criar uma clivagem com os
militantes daquele partido na lógica de dividir para melhor reinar.
ANG/LPG/ÂC/SG
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