quarta-feira, 28 de junho de 2017

Eleições antecipadas


Presidente do PCD apelida declarações de José Mário Vaz de “Manobras dilatórias”

Bissau, 28 Jun 17 (ANG) – O Presidente do Partido da Convergência Democrática (PCD) considera que as intensões do Presidente da República de convocar as eleições, caso mantiver a actual crise política “não passam de manobra dilatória” com o objectivo de cumprir com a sua agenda política.

Em declarações hoje à ANG, em reação a essas declarações de José Mário Vaz, Vicente Fernandes fundamenta que o Chefe de Estado é o principal responsável pela crise política que o país vive há mais de dois anos, “dividindo” a classe política e a sociedade guineense com o propósito de “instalar a ditadura”.

“ O Presidente da República, devia há muito tempo, demitir este governo “ilegal” (de Umaro Embaló), a exemplo do de Baciro e, de seguida convocar, imediatamente as eleições antecipadas”, defende o líder do partido das “Abelhas”.

Este político que acusa Presidente da República de “má fé” na resolução desta crise,  volta a afirmar  que a solução da crise passa pelo cumprimento do “Acordo de Conacri”, assinado em Novembro de 2016 e que prevê, nomeadamente a criação dum governo inclusivo e um Primeiro-ministro de consenso entre os partidos com representação parlamentar, e que mereça a confiança do Chefe do Estado.

Vicente Fernandes que diz congratular-se com a comunidade internacional, por também, defender a implementação do “Acordo de conacri” para sair do impasse, pede ao povo guineense a se manter “atento e activo” para que “  os direitos, liberdades e garantias fundamentais sejam salvaguardados na Guiné-Bissau.

Na segunda-feira, quando recebia os cumprimentos da festa do Ramadão, por parte da comunidade islãmica, o Presidente da República, na sua intervenção no acto, afirmou que, num espaço de três meses, caso o PAIGC, o PRS e o Grupo dos “ 15 deputados” não chegarem ao entendimento que desbloqueie o Parlamento e acabe com a crise, “devolverá o poder ao povo”, através da convocação de eleições legislativas antecipadas.

O Partido da Convergência Democrática (PCD) é a terceira formação política com maior representação parlamentar, com dois deputados. No entanto, actualmente o partido e os seus parlamentares se encontram de costas voltadas, devido as suas posições divergentes sobre a  crise política.


A título de exemplo, Victor Mandinga (antigo Presidente e deputado), expulso do partido, assume a pasta do Ministro do Comércio do actual executivo de Umaro Sissoco Embaló contestado pelo PCD. 

FIM/QC /SG  

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