Nigéria/ UA condena violência e apela ao respeito aos Direitos Humanos
Bissau,
22 Out 20 (ANG) - O presidente da
Comissão da União Africana (UA), Mous
sa Faki Mahamat, condenou hoje
veementemente a violência em Lagos, na Nigéria, e apelou aos intervenientes
para rejeitarem o uso da violência e respeitarem os direitos humanos e o Estado
de direito.
O presidente da UA
congratulou-se com a decisão do Governo nigeriano de desmantelar o Esquadrão
Especial Anti-Roborno (SARS), uma das exigências dos manifestantes,
classificando a medida como "um passo importante nesta direcção".
Reiterando "o
compromisso da UA de continuar a acompanhar o Governo e o povo da Nigéria no
apoio a uma solução pacífica", Moussa Faki Mahamat encorajou as
autoridades nigerianas a conduzir "uma investigação para assegurar que os
autores de actos de violência sejam responsabilizados".
Os protestos na Nigéria
têm como alvo os membros do Esquadrão Especial Antirroubo (SARS, em inglês),
uma força policial acusada por grupos de defesa dos direitos humanos de ter matado
e torturado cidadãos nigerianos.
A contestação teve
início depois de um vídeo de agressões alegadamente cometidas por membros do
SARS ter sido divulgado nas redes sociais.
Como resposta aos
protestos, o Governo nigeriano anunciou, no dia 11 de Outubro, que iria
desmantelar esta força policial, mas tal não foi suficiente para demover os
manifestantes, que reclamam o fim das agressões por parte das forças de
segurança.
Na terça-feira, pelo
menos uma dúzia de manifestantes morreram em Lagos, após uma repressão pelas
forças de segurança em protestos contra a violência policial, segundo a
Amnistia Internacional (AI).
A repressão já foi
condenada pela Comissão Europeia e as Nações Unidas.
Os protestos têm-se
realizado um pouco por todo o país, que conta com uma população superior a 196
milhões de pessoas, com principal destaque para a maior cidade, Lagos, a
capital, Abuja, e outras importantes cidades, como Port Harcourt, Calabar,
Asaba e Uyo.ANG/Angop
Sem comentários:
Enviar um comentário