Saúde
pública/Ministro
das Finanças considera de “triste” greves no setor
Bissau, 29 out 20 (ANG) – O
ministro das Finanças João Mamadu Aladje Fadia considerou de “triste” as greves
no setor da saúde, sustentando que uma pessoa que jurou salvar vidas e com condições de trabalho que não
tinha antes, não pode recusar trabalhar só porque quer novo estatuto.
Em conferência de imprensa
realizada esta quinta-feira, Fadia afirmou que do mês de março até à data presente o
governo pagou entre os atrasados dos pessoal de saúde, dois bilhões e 373 milhões de francos CFA, e não
tem salário atrasado com o Ministério da Saúde.
“Pusemos aí subsídio de
52.750 mil francos CFA para o hospital de referência poder beneficiar dos
serviços extraordinários, para ter medicamentos disponíveis de forma a poder
socorrer os doentes”, explicou.
O governante disse ainda que
disponibilizaram kits no bloco operatório do Hospital Simão Mendes, para fazer
intervenções imediatas e salário em dia, tendo lamentado o facto dos técnicos
de saúde, estarem a fazer greve num
período em que há crise sanitária mundial.
“Essa situação me deixa
muito triste e me faz questionar sobre o profissionalismo dessas pessoas que
aderem a greve”, lamentou.
Fadia disse que ordenou ao
Secretário de Estado de Tesouro a manter um encontro com o sindicato do sector
de saúde, e este constatou que 90% dos pontos em reivindicação estão tratados,
sublinhando que o momento não é favorável para reclamar o estatuto de carreira
dos profissionais de saúde, pelo que pede a compreensão desses técnicos.
O governante sustenta que, para ter recursos para o envelope
salarial tem que haver produção interna
e não esperar que venha do exterior.
Fadia referiu que a economia
nacional depende muito do exterior e
comércio internacional, e afirmou que a receita deste ano caiu substancialmente,
acrescentando que a previsão para 2020 caiu 28% e está quase a confirmar e perdas
na ordem de 88 bilhões de francos CFA.
Disse que o país vai conhecer
um crescimento de 4,8 % em 2021 na expetativa de haver uma certa normalidade
nos fluxos económicos internacionais, tendo afirmado que espera que o país
consiga lidar bem com o covid-19. ANG/DMG/ÂC//SG
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