Covid-19/
Guterres exige vacina “disponível e acessível” para todos
Bissau, 28 Out 20 (ANG) – O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, exigiu terça-feira que a futura vacina contra a covid-19 esteja “disponível” e “acessível” para todos.
Em videoconferência com
os líderes do Conselho Nórdico – que inclui a Dinamarca, Suécia, Islândia,
Noruega e Finlândia -, Guterres defendeu um “multilateralismo novo e eficaz”
que serve para enfrentar os desafios globais: do aquecimento global à pandemia
actual.
“É imperativo que a
vacina contra a covid-19 esteja disponível e acessível para todos. Porque
ninguém estará seguro [do vírus] até que estejamos todos seguros”, afirmou
Guterres durante a sua intervenção.
Essa vacina deve ser
considerada um “bem público global”, disse o secretário-geral da ONU sobre o
tratamento contra o novo coronavírus, que já infectou mais de 43,5 milhões de
pessoas em todo o mundo e provocou mais de 1,1 milhões de mortos.
Guterres recordou que a
situação actual “não é apenas uma crise de saúde”, mas também um desastre
económico que coloca “em risco todo o desenvolvimento”.
A recuperação,
acrescentou, não deve “replicar o passado”, mas sim construir “de forma
sustentável e inclusiva” e “confrontar as fraquezas” que a pandemia tem
mostrado em todo o mundo.
Na sua opinião, não se
deve caminhar para um “governo global”, mas para uma “governação global real”
com instituições fortes, porque as actuais são “bastante débeis”, com
“capacidade para assegura os níveis mínimos para enfrentar os desafios”
globais.
O primeiro-ministro
sueco, Stefan Lovfen, defendeu também a garantia da distribuição universal da
futura vacina contra o novo coronavírus e comprometeu-se a contribuir para os
esforços multilaterais.
Nesta linha, a
primeira-ministra da Islândia, Katrín Jakobsdóttir, pediu um “acesso equitativo
e distribuição justa”, bem como uma “resposta global” perante a crise sanitária
e económica, porque está em causa o destino colectivo da Humanidade.
Em defesa do sistema
multilateral, a primeira-ministra finlandesa, Sanna Marin, disse que a ONU é
“mais necessária do que nunca” e a homóloga norueguesa, Erna Solberg, apontou
que a pandemia mostra a “necessidade” da “colaboração internacional”. ANG/Inforpress/Lusa
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