Sociedade /ANAPROMED-GB pede institucionalização do dia dos trabalhadores domésticos
Bissau, 29 Out 20(ANG) – O
presidente da Associação Nacional de Proteção dos Trabalhadores Domésticos da
Guiné-Bissau (ANAPROMED-GB) pede aos órgãos de soberania para institucionalizar
29 de Outubro, como dia nacional dos Trabalhadores Domésticos.
Em conferência de imprensa,
esta quinta-feira, Sene Bacai Cassamá pediu justiça às vítimas da violência doméstica registadas
nos últimos dois anos, em que duas das vtimas foram queimadas no rosto e no
resto do corpo com água quente.
Segundo Sane, um das agressoras foi julgada e condenada mas até
agora não pagou a indemnização a vítima.
Disse que a outra foi
julgada a revelia mas que até então a sentença não foi proferida.
Desde a sua fundação,
segundo Sene Bacai Cassamá, a ANAPROMED-GB já recebeu 400 denúncias , das quais
108 casos de despedimentos sem justa causa foram julgados.
Criticou que a maioria dos
que praticaram violência contra
empregadas domésticas ficou impune, salvo o último caso que foi sentenciado a
sete anos de prisão efectiva e 22 milhões de francos cfa de caução mas que
cumpriu apenas seis meses de prisão e não pagou nada à vítima.
Questionado sobre a
segurança social dos trabalhadores domésticos respondeu que já entregaram
documentos ao gabinete do Primeiro-ministro
que já foram despachados desde Agosto último, a fim de integrar o conselho
da proteção social. “Infelizmente, a direcção do Instituto Nacional da
Segurança Social não deu nenhuma resposta”, disse.
Sene Cassamá revelou que, com
a pandemia de COVID-19, mais de 300
empregadas domésticas perderam o emprego.
Em representação da ministra
da Função Pública Augusto Alberto disse que “Empregada Doméstica” é uma função que representa uma das mais importantes ocupações
para milhões de pessoas em todo o mundo , na sua maioria mulheres.
Segundo Augusto Alberto que
cita um estudo global publicado pela Organização Internacional de Trabalho, em
2016, estima-se que cerca de 90 por cento dos trabalhadores domésticos, a nível mundial, são excluídos da proteção
social e 67 milhões não têm acesso a qualquer tipo de cobertura de segurança social.
ANG/JD//SG
bom trabalho sr.presidente
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