EUA/Joe Biden confirma aos
aliados da NATO que míssil que caiu na Polónia é ucraniano
Bissau, 16 Nov
22 (ANG).Joe Biden confirmou hoje a informação que
tinha avançado na véspera, tratando com prudência a queda na Polónia de um
míssil inicialmente considerado como russo que fez duas vítimas mortais.
Afinal, como confirmou o Presidente dos
Estados Unidos aos aliados da NATO que se reuniram de forma urgente esta manhã,
o míssil pertence à artilharia ucraniana, uma informação confirmada a várias
agências de notícias.
Após Volodymyr Zelenski ter dito ao G20,
reunido na Indonésia, que o alegado ataque da Rússia à Polónia era "uma
mensagem da Rússia" para este encontro das 20 maiores economias do Mundo
que condenou firmemente a guerra na Ucrânia, as autoridades de Kiev já vieram
hoje retratar-se, insistindo que Moscovo é responsável por "todos os
incidentes que impliquem armamento".
Após a queda do míssil na aldeia
de Przewodow, junto à fronteira com a Ucrânia, a Polónia mobilizou o seu
exército, com as autoridades polacas a terem lançado uma investigação sobre
este míssil que aparentava ter fabricação russa. A prudência reinou também
noutras capitais europeias como Paris, com Emmanuel Macron a dizer já hoje que
quer colaborar neste inquérito para se saber o que se passou com este míssil.
Já o novo primeiro-ministro
britânico, Rishi Sunak defendeu que este ataque à Polónia nunca teria
acontecido caso a Rússia Não tivesse invadido a Ucrânia, lamentando a
intensidade de ataques dos russos às principais cidades ucranianas esta semana.
O Kremlin reagiu às acusações do Ocidente
dizendo que "não teve nada a ver" com o míssil que caiu na Polónia e
agradeceu a prudência das autoridades norte-americanas que ajudaram a
esclarecer a proveniência deste míssil.
Caso o míssil tivesse sido identificado como um ataque russo à Polónia, como este país faz parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte, ou NATO, as autoridades polacas podiam invocar o artigo 5º do tratado desta instituição que diz que em caso de ataque armado a um dos países que a constituem, este é um ataque armado a todos os aliados, podendo levar a um agravamento no conflito na Europa. ANG/RFI
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