Indonésia/líderes mundiais começam a
chegar a Bali em vista da cimeira do G20
Bissau, 14 Nov
22 (ANG) - Os líderes das principais economias mundiais começam a chegar a
Bali, na Indonésia no domingo, em vista da cimeira do G20 que terá lugar na
quarta-feira (16). Apesar da ausência do presidente russo Vladimir Putin, os
olhares estão centrados no primeiro encontro entre Xi Jinping e Joe Biden.
Este ano a cidade de Bali na Indonésia foi
a escolhida para acolher a 17ª cimeira dos líderes do G20, uma cimeira que
deverá ocorrer sob fortes olhares internacionais, devido às crescentes tensões
entre os demais países.
O grande momento desta cimeira é o
encontro entre o presidente norte-americano Joe Biden com o seu homólogo chinês
Xi Jinping, que deve ocorrer nesta segunda-feira. Esta seria o primeiro
encontro pessoal entre os dois líderes desde que Biden foi eleito para a Casa
Branca, numa altura em que as relações entre os dois países se encontram no seu
ponto mais baixo em décadas.
Na agenda do líder norte-americano estará
a questão do conflito na Ucrânia, a situação da ilha de Taiwan e as ambições
nucleares da Coreia do Norte. Biden diz que “chegou mais forte” para esta discussão
de alto risco, isto após garantir o controlo do Senado norte-americano.
"Eu sei que estou a chegar mais
forte, mas não preciso disso. Conheço Xi Jinping, já passei mais tempo com ele
do que qualquer outro líder mundial", disse Joe Biden aos jornalistas
no Camboja no domingo. "Temos muito poucos desentendimentos. Só
precisamos de determinar quais são as linhas vermelhas", acrescentou.
O presidente francês Emmanuel Macron deverá participar primeiramente da cimeira do
G20 e depois da reunião da APEC (Cooperação Económica Ásia-Pacífico) na
Tailândia. O mandatário pretende ressaltar a presença francesa na região do
Indopacífico.
Também deverão estar presentes o chanceler
alemão, Olaf Scholz, o primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez e a nova
primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni.
O novo primeiro-ministro britânico Rishi
Sunak, o príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman, o presidente turco
Recep Tayyip Erdogan e o chefe da diplomacia brasileira, Carlos França também
são esperados no evento.
O presidente russo Vladimir Putin é um dos
grandes ausentes desta cimeira, por alegada incompatibilidade com a agenda
presidencial. No seu lugar deverá estar presente o Ministro dos Negócios
Estrangeiros Serguei Lavrov, que também participou da última cimeira e deixou a
reunião quando o seu país foi criticado pela invasão da Ucrânia.
Em contrapartida, o dirigente ucraniano
Volodymyr Zelensky participará da reunião a convite virtual do presidente da
Indonésia, e deverá proferir um discurso focado no apoio externo ao esforço
ucraniano contra a Federação Russa.
Em parceria com o Banco Mundial e a
Organização Mundial da Saúde (OMS), os ministros da saúde dos países do G20
concordaram com a criação de um fundo para eventuais pandemias, com o intuito
de consertar os sistemas de saúde e ajudar a compensar o deficit orçamentário
para os próximos cinco anos, tendo como base a gestão da COVID-19 nos últimos
dois anos.
Este fundo deve ser principalmente
dirigido para países de baixo e médio rendimento, para que possam suportar
financeiramente despesas com investigação, vigilância e acesso a vacinas.
Os países doadores são Austrália, Canadá,
Comissão Europeia, França, Alemanha, China, Índia, Indonésia, Itália, Japão,
Coreia, Nova Zelândia, Holanda, Noruega, África do Sul, Singapura, Reino Unido,
Espanha, Estados Unidos e Emirados Árabes Unidos. Enquanto isso, as três
filantropias são a Fundação Bill & Melinda Gates, a Fundação Rockefeller e
o Wellcome Trust. ANG/RFI
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