Administração
considera situação de difícil, mas acredita em dias melhores para o sector
Robane, Bubaque, 06 Fev 15
(ANG) – O administrador de Bubaque espelhou de forma negativa a situação
vigente naquele sector, mas prometeu mudar o cenário nos próximos tempos com os
apoios do governo central e parceiros desenvolvimento.
Amadu Djau que falava
sexta-feira a imprensa na ilha de Robane a margem do encontro de trabalho entre
o governo e o Banco Mundial, no quadro dos preparativos para a Mesa redonda de Março,
disse que as dificuldades não se resumem apenas ao seu sector, mas a toda a
região de Bolama/Bijagós devido a suas especificidades geográficas.
O administrador começou por
evocar o problema do isolamento a que o sector, constituído por Bubaque e mais
6 ilhas ao redor, esta votado, por falta de meios de transportes, a ausência de
infraestruturas, problemas de telecomunicação e vias rodoviárias em mau estado
de conservação, ainda da falta de energia eléctrica e de água canalizada.
Igualmente, apontou a falta
de gelo para abastecer os pescadores artesanais que operam naquela área, pois,
segundo Amadu Djamanca, os populares locais vivem essencialmente das pescas. “Os
pescadores agora limitam-se a capturar uma limitada quantia por falta de meios
de conservação”, frisou.
Igualmente, fez alusão a falta de meios de transportes de
ligação com o continente e inter-ilhas o que tem criado muito constrangimentos em termos de evacuação de doentes ou parturientes para Bissau.
Outro problema evocado é a insuficiência dos recursos humanos nas forças de segurança local, além de falta
de meios materiais, nomeadamente botes para permitir as forças armadas proceder
a fiscalização das nossas águas territórias.
Ainda sublinhou que o sector
depara com falta de energia eléctrica, concretamente combustível para abastecer
a central eléctrica de Bissau e melhoria de rede de distribuição de corrente.
Disse que não existe água canalizada.
No entanto, segundo
explicou, depois de efetuar a radiografia da situação a administração local começou a delinear respostas para ultrapassar os problemas, nomeadamente
conseguiu que seja instalado um centro para a produção de Bilhetes de
Identidade Biométrico em Bubaque.
“Foi um grande passo dado,
pois aliviou os residentes locais das dificuldades de se deslocar a Bissau para
este efeito e a gastar até 60 mil francos CFA, entre deslocação, estadia e alimentação
para a obtenção desta peça de identificação”, realçou Amadu Djau.
Outrossim, prosseguiu o
administrador, conseguiu mobilizar a população que aderiu a reparação de
estradas de Bubaque que se encontravam em mau estado de conservação. A última
intervenção feita naquelas estradas, segundo confidenciou este responsável,
ocorreu no princípio dos anos 80.
Portanto, o administrador vê
no encontro promovido pelo executivo na sua areá de jurisdição como uma grande
oportunidade que vai contribuir para tirar o sector das dificuldades com que
defronta.
Alias, disse ter reunido com
alguns ministros e debatido a forma de encontrar soluções aos problemas
diagnosticados e, inclusive, efetuou visita guiada no terreno com as ministras
da educação, de saúde, defesa e secretario de Estado das Pescas os quais
prometeram diligenciar com vista a ultrapassar as dificuldades.
José
A. Mendonça
Enviado
especial da ANG
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