“Houve pouco progresso na Guiné-Bissau”, diz
Banco Mundial
Robane(Bubaque),
06 Fev 15 (ANG) – Na Guiné-Bissau houve pouco progresso na redução da pobreza, revela
o Banco Mundial que acredita que este
fenomeno possa mesmo ter crescido nos ultimos anos.
Num
memorandum economico sobre a Guiné-Bissau apresentado no encontro de trabalho
que decorre desde quinta-feira em Robane, ilha de Bubaque(Sul), o BM estima que
ao nivel da Africa sub-sahariana o fenomeno baixou de “aproximadamente” 70 por
cento para pouco acima de 45 por cento.
“A Africa
tem sido dos continentes a crescer à uma taxa superior nos ultimos anos”, diz a
instituição da “Bretton Woods” que defende que o poder da evolução da economia
com regulação adequada por parte do executivo podera permitir com que a Guiné-Bissau possa fazer parte
“desta história de sucesso”, trazendo crescimento e prosperidade.
Para
o recomeço do pais, o BM recomenda o fortelecimento do sector privado, o
amelhoramento das prestaçöes dos servicos publicos.
O BM
considera estas medidas “peças cruciais” para um reinício que possa
estabelecer o crescimento almejado.
O BM
defende ainda que tais condições irão apoiar a reconstrução do Estado, e
aumentar o pacto social entre este e os cidadãos.
“Empresas privadas irão ter que pagar impostos
a um governo que por seu lado vai prestar serviços publicos”, augura.
O
apoio ao sector produtivo e melhoria da governação podem, na visão do BM,
reforçar-se mutuamente, enquanto o aumento do rendimento das familias
capacitara os cidadãos a responsabilizar o governo a uma melhor governaçäo.
O BM
avalia em mais de 80 milhões de dolares
os projectos por ele apoiados actualmente no pais e sublinha que metade deste
valor teriam sido já desembolsados.
Entre
outras operações de emergencia efectuadas no ano passado, a organização
salienta o apoio aos serviços basicos, dentre os quais, o pagamento de salarios
aos professores e pessoal de saude, apoios ao plano de contingência contra o
ébola e as comunidades rurais e a reconstrução de infra-estruturas, num valor
total de 45 milhões de dolares.
Para
2015 o BM prevê a disponibilizaçäo de mais de 90 milhões de dolares para apoiar o
executivo nas suas areas prioritarias, incluindo na ligação do pais a rede
energética a ser construida no quadro da
Organização para o aproveitamento do Rio Gâmbia (OMVG).
José
Augusto Mendonça (enviado especial da ANG)
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