terça-feira, 4 de agosto de 2015

Ambiente

Obama lança plano contra mudança climática

Bissau, 04 Ago 15(ANG) - O presidente americano, Barack Obama, lançou segunda-feira o seu plano contra a "grande ameaça" representada pela mudança climática para o planeta, ressaltando a necessidade de agir imediatamente e anunciando uma restrição sem precedentes às centrais de energia.

Trata-se de um dos "desafios-chave" do nosso tempo, considerou Obama, na Casa Branca e, no mesmo pronunciamento, anunciou o Plano dos Estados Unidos para Energia Limpa ("America's Clean Power Plan").

Segundo Angop, o plano reúne uma série de regras e regulamentos que, pela primeira vez, vão impor às centrais de energia a redução de 32% até 2030 das emissões de carbono, em comparação com os níveis de 2005.

"Não há desafio que represente ameaça maior para o nosso futuro e para as gerações futuras do que a mudança climática", disse ele, advertindo para um "atraso" na luta contra esse fenômeno.      
        
"Na maioria das vezes, os problemas que enfrentamos são temporários e podemos esperar que as coisas melhorem, se trabalharmos duro", declarou, ressaltando, porém, que "esse é um dos poucos casos, por sua amplitude, que, se não resolvermos, não poderá ser revertido".        

"E nós, provavelmente, não conseguiremos nos adaptar o suficiente", insistiu o presidente dos Estados Unidos, que, desde 2008, tem feito da questão ambiental uma das suas prioridades.         
     
Obama destacou ainda a ameaça representada pela mudança climática e, particularmente, pelas centrais eléctricas, fontes de poluição de carbono.

O debate é particularmente acirrado nos Estados Unidos, onde 37% da electricidade ainda é produzida por centrais a carvão, uma das fontes mais poluentes.

Obama descreveu as restrições às centrais como "o passo mais importante que a América deve tomar na luta" contra a mudança climática.

A União Europeia (UE) saudou, imediatamente, o plano de Obama e seus "esforços sinceros" para reduzir as emissões de carbono.

O anúncio do plano ocorre a menos de seis meses da Conferência do Clima (COP21), em Paris. O evento reunirá 195 países que devem se comprometer a limitar a 2ºC o aumento da temperatura global.              

As centrais de energia eléctrica são responsáveis por 40% das emissões nos EUA de dióxido de carbono, o gás mais prevalente que contribui para o efeito estufa.

Em seu projecto inicial, apresentado no ano passado, a administração Obama tinha fixado em 30% o teto de redução das emissões de carbono dessas centrais.

O limite ambicioso de 32% provocou forte oposição dos republicanos, que criticam medidas que consideram "desproporcionais" e "desajeitadas".  
ANG/Angop


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