financiamentos prometidos
ONU está
preocupada mas não cancela ajuda monetária
Bissau, 28 Ago 15(ANG) - A Organização das Nações Unidas não planeia
cancelar a ajuda financeira prometida à Guiné-Bissau, mas está preocupada com a
participação dos outros dadores internacionais, disse à Lusa uma fonte do
Conselho de Segurança.
Bandeira da ONU |
"A ajuda
não deve ser cancelada, mas existem muitas preocupações devido a esta
crise", considerou.
"Dentro
destas muitas preocupações, uma das principais é que os dadores estarão muito
relutantes em dar os fundos prometidos se sentirem que não podem confiar no
novo governo ou recearem que vai existir instabilidade de novo",
acrescenta o mesmo funcionário.
A 25 de Março, a
Guiné-Bissau organizou com o apoio do Programa de Desenvolvimento da ONU e da
União Europeia uma conferência de dadores em que foram prometidos 1,2 mil
milhões de dólares em ajuda.
"Estas
promessas foram feitas em apoio ao Plano Estratégico e Operacional do Governo
para o período de 2015-2020", especifica o último relatório elaborado pelo
Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau
(UNIOGBIS), divulgado a 13 de Agosto.
"O plano do
governo é uma base clara de reforma em áreas centrais como defesa, segurança,
justiça e desenvolvimento económico e social que lança as fundações para uma
estabilidade e desenvolvimento duradouro na Guiné-Bissau", acrescenta o
documento.
O Conselho de
Segurança da ONU reúne-se esta sexta-feira à porta fechada com o Representante
Especial para o país, Miguel Trovoada, depois do responsável informar
publicamente a organização sobre a situação actual
O Presidente da
República da Guiné-Bissau demitiu o Governo a 12 de Agosto e designou como
primeiro-ministro, no dia 20, Baciro Djá, 3º vice-presidente do PAIGC.
O PAIGC, que
venceu as eleições e tem maioria no Parlamento, acusou Vaz de cometer "um
golpe palaciano" e sustenta que não havia razão para demitir o Executivo.
O Parlamento da
Guiné-Bissau pediu na segunda-feira que o Supremo Tribunal de Justiça se
pronuncie sobre as decisões do Presidente ao mesmo tempo que foi criada uma
comissão de inquérito para averiguar da veracidade da alegada corrupção e
outras ilegalidades invocadas por Vaz para destituir o Governo.
ANG/Lusa
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