Crise política
União Africana
pede “respeito pela constituição e neutralidade das Forças Armadas”
Bissau, 27 Ago 15 (ANG) - O Conselho de Paz e Segurança da União
Africana (UA) recomendou quarta-feira, “o
respeito pela Constituição e a neutralidade das Forças Armadas da Guiné-Bissau”
no contexto da tensão crescente entre os principais responsáveis políticos do
país.
Lideres da União Africana |
O Primeiro-ministro guineense,
Domingos Simões Pereira, foi demitido pelo Presidente José Mário Vaz a 12 de Agosto,
criando uma crise política na Guiné-Bissau.
O Conselho sublinhou mais uma vez que
esta situação poderia colocar em causa os avanços registados com a conclusão da
transição e a realização das bem-sucedidas eleições legislativas e
presidenciais em abril e maio de 2014.
Indicou ainda que esta crise política
pode ainda “dificultar a mobilização da assistência internacional que a
Guiné-Bissau precisa para a sua recuperação socioeconómica e a implementação
das reformas necessárias para a estabilização duradoura do país.
O Conselho apela à continuidade dos
esforços coordenados e engajados para acelerar a resolução da crise atual e
pediu, para esse fim, que o presidente da Comissão da UA realize consultas
junto da CEDEAO e dos países vizinhos da Guiné-Bissau, da Comunidade dos Países
de Língua Portuguesa (CPLP), da União Europeia e das Nações Unidas, e que tome
as iniciativas necessárias .
Apesar de o Presidente da
República, José Mário Vaz nomear Baciro Djá para substituir Domingos Pereira no
cargo de Primeiro-ministro, mantém-se o impasse político, dado que o partido
vencedor das últimas eleições, o PAIGC, alega o direito de indicar o nome para
a chefia do governo.
Para ultrapassar esta situação, sabe a
ANG que a convite do Presidente da República de Gâmbia, delegações do PAIGC e do PRS, os dois maiores
partidos parlamentares, se encontram em Banjul para as conversações com vista a
formação de um governo de “consenso e
estável”.
Criado a 26 de Dezembro de 2003, o
Conselho de Paz e Segurança da União Africana é
composto por 10 membros eleitos para um mandato de dois anos e cinco
membros eleitos para três anos e tem
como missão, nomeadamente promover a
paz, segurança e estabilidade em África, a diplomacia preventiva no contexto
dos conflitos africanos e actuar em situações de catástrofes e nas acções
humanitárias. Lusa/ANG
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