Mensagem à Nação
"Nunca
manifestei interesse de participar na gestão de fundos da Mesa Redonda",
diz Presidente da República
José Mário Vaz |
Em
mensagem à nação, José Mário Vaz refutou as recentes afirmações do demissionário
Primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira segundo as quais os pontos da discórdia
têm a ver com a gestão dos recursos da Mesa Redonda, a manutenção de membros do
executivo à contas com a justiça , a inclusão no Governo de elementos próximos
ao chefe de Estado e o regresso ao país do Contra Almirante Zamora Induta.
"Contudo
em duas ocasiões, em que fui chamado a intervir, deixei claro, em nome da transparência,
que haveria a necessidade de se realizar um encontro nacional, para informar dos
resultados obtidos, sua distribuição e
se são doações ou empréstimos e em que condições
de juros.Não fui ouvido", informou.
No
que concerne aos membros do Governo suspeitos em processo crime, José Mário Vaz
afirmou que ou o Procurador Geral da República faltou a verdade ao
Primeiro-Ministro na conversa que este diz terem tido sobre os referidos
membros do governo indiciados com a justiça ou o próprio Domingos Simões
Pereira faltou a verdade à Nação.
"No
seu balanço do primeiro ano da governação, o Primeiro-ministro referiu que doze
membros do seu governo alegadamente tem problemas com a justiça", disse.
Segundo
o chefe de Estado, o Primeiro-ministro afirmou igualmente na ocasião que pediu
ao Procurador Geral da República para que este possa informa-lo dos nomes dos
membros do Governo com situações pendentes na justiça para que de facto não
fossem incluídos na proposta de remodelação governamental, o que não aconteceu.
"Na
proposta de remodelação apresentada pelo Primeiro-ministro apenas deixam o executivo
quatro membros, presumindo-se serem os que estariam envolvidos com a
justiça", esclareceu Mário Vaz.
Referiu
que é do conhecimento público que a lista de membros do executivo com abraços à
justiça, infelizmente não se limita ao número que o Primeiro-Ministro lhe propôs
a substituição, por razoes que só ele pode explicar.
O
Presidente da República sublinhou que no que tange a vinda ao país do Contra Almirante
José Zamora Induta, o Primeiro-Ministro nunca lhe informou de nada,
acrescentado que nunca falou igualmente com o ex. Chefe de Estado Maior General
das Forças Armadas conforme alega Simões Pereira.
"Estamos
determinados a prosseguir uma via em que a boa prestação de serviço público
deve corresponder à uma cultura de exemplo, assente em valores éticos e princípios
de probidade, elevação e transparência na gestão da coisa pública",
prometeu.
José
Mário Vaz anunciou que, com base na Tabela de Operações Financeiras do
Estado(TOFE), constatou-se que no período de Julho de 2014 à Julho de ano em
curso, o Ministério das Finanças geriu provenientes de apoios da Comunidade
Internacional 49 biliões de francos CFA e 60 biliões de CFA em recursos
internos.
O
chefe de Estado disse que o total das receitas geridas nesse espaço de um ano é
de 109 biliões de francos CFA, frisando que ao deduzir o valor total dos salários
pagos nesse período e mais quatro meses de atrasados, num montante de 53 biliões
restará um saldo de 56 biliões de francos CFA.
"Em
que é que foi gasto todo esse saldo de 56 biliões de francos CFA?",
perguntou José Mário Vaz, afirmando que esse montante podia ser investido na
melhoria dos hospitais, escolas, saneamento básico ou ser canalizado para o
sector produtivo, nomeadamente na produção do arroz.
Apos
a apresentação desta mensagem a Naçäo, foi tornado publico o decreto
presidencial que demite o governo.
ANG/ÂC/SG
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